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Mau cheiro vindo de fábrica de ração gera mais reclamações em Criciúma

Foto: Daniel Búrigo / Clicatribuna

Foto: Daniel Búrigo / Clicatribuna

Um problema antigo permanece incomodando e ganhando maiores proporções. O mau cheiro emitido pela fábrica de ração da JBS, localizada no Bairro São Luiz, está novamente intenso, chegando até outros bairros da cidade. Atualmente, o forte odor pode ser percebido por moradores do  Michel, Comerciário e também do Centro. Buscando alternativas para amenizar o problema, em nome da comunidade, o vereador Tita Belolli se reuniu com a Fundação do Meio Ambiente – Fatma, órgão que emitiu a licença ambiental da empresa.

No encontro, as condicionantes da JBS também foram cobradas. Conforme o vereador, cerca de 10 pessoas teriam entrado em contato com o parlamentar para reclamar o cheiro ruim.
“Várias pessoas me procuraram pedindo por essa questão, muitas pelas redes sociais. Eu mesmo passei por ali e realmente não dá mais”, afirma. O órgão alega que estar acompanhando a questão e que atualmente a empresa se encontra etapa de renovação de licença.

Conforme o gerente regional da Fundação da Fatma, Filipe Barchinski, o cheiro forte pode ser sentido inclusive na sede da fundação, na Rua Melvin Jones, no Comerciário. “Está piorando nas últimas semanas. Não existe um critério para o cheiro, não tem como medir, então fica difícil para o órgão público fiscalizar. Mas, estamos atentos a esses problemas e iremos atrás dessas informações”, diz o gerente regional.

A reportagem do Jornal A Tribuna entrou em contato com a coordenadoria da fábrica para saber o que tem sido feito em relação ao problema. As ligações foram repassadas para a assessoria da empresa, que informou que a JBS não irá se manifestar sobre o assunto neste momento.

Ação no Ministério Público

Cobrando soluções para o mau cheiro, uma ação civil está transcorrendo na 9ª Promotoria do Ministério Público Federal há pelo menos mais de cinco anos. “A ação existe desde 2009, ou 2008. Sei que existe um acordo entre a empresa e a promotoria, mas não sei exatamente o que é”, afirma Barchinski. Em contato com a promotoria, a assessoria do promotor de defesa ambiental, Luiz Fernando Ulyssea, confirmou que a ação já está judicializada, mas que nenhuma nova denúncia ou reclamação foi protocolada recentemente.

A reportagem também tentou entrar em contato com o promotor pelo celular, mas as ligações não foram atendidas.

Dejetos na rua

Além do mau cheiro gerado na produção da ração, outro fato contribui para que o problema se agrave, conforme um dos moradores bem próximos da empresa. Segundo Elza Coral Guislandi, que reside na localidade há 30 anos, o odor se intensifica ainda mais quando alimentos utilizados na fábrica, que são transportados pela Rua Presidente Prudente, caem em buracos existentes na via.

“O problema não é tanto de dentro da fábrica, mas sim desses buracos que existem. Os caminhões deixam cair milho e ração ali e com isso, quando chove, enche de água e fica fermentando”, diz. Os problemas na rua nunca foram solucionados de forma eficaz até então. Mas, a moradora confirma que o cheiro azedo é realmente muito ruim. “É algo que incomoda bastante. Quando chove, é um azedume só”, alega.

Com informações do site Clicatribuna