Saúde

Médicos fazem paralisação pelo 2º dia no Hospital São José, em Criciúma

Estão mantidos atendimentos de urgência e tratamentos de quimioterapia. Reunião deve discutir sobre novo contrato entre unidade e município.

Foto: Divulgação / G1 SC

Foto: Divulgação / G1 SC

No segundo dia de paralisação, a diretoria do Hospital São José, em Criciúma, no Sul catarinense, informou que haverá uma reunião entre a unidade e o município para definir o futuro do hospital. Parte dos atendimentos foram suspensos na sexta-feira (3).

Conforme a Irmã Teresinha Buss, diretora financeira do hospital, o encontro acontecerá entre a unidade e a gestão municipal de saúde para negociar um novo contrato.

A Secretária Estadual de Saúde informou não saber do encontro. Já a assessoria do município confirmou que haverá uma reunião entre o hospital e o secretário de Saúde do município, Paulo Conte, para uma rodada de negociações.

Atendimentos

Estão mantidos apenas os atendimentos de urgência, as cirurgias em pacientes com câncer, os tratamentos de quimioterapia e radioterapia, além das sessões de hemodiálise.

Segundo a Irmã Teresinha, os efeitos da greve devem começar a ser sentidos na próxima semana. "Ontem [sexta], quando a greve iniciou, hoje [sábado] e amanhã, provavelmente não haverá grandes transtornos, os efeitos devem começar a ser sentidos na segunda, quando a demanda de pacientes aumenta com o fim do feriado".

Cirurgias consideradas não emergenciais e consultas estão sendo canceladas. Segundo a diretoria do hospital, os pacientes estão sendo orientados a procurar outros hospitais da região.

Dívida do estado

A direção do hospital diz que o estado tem uma dívida com a instituição de mais de R$ 14 milhões, referentes a serviços prestados por meio do Sistema Único de Saúde – SUS.

O governo estadual chegou a fazer uma proposta de R$ 7 milhões, com mais R$ 2,5 milhões repassados pelo município, mas as negociações terminaram sem acordo. Conforme o site G1 SC, só no ano passado foram 228 mil atendimentos pelo SUS.

O corpo clínico informou que, caso não haja uma resposta em até 90 dias, mais serviços serão suspensos.