Além da renegociação das dívidas, governo federal também garantiu a desoneração da folha de pagamento para a agroindústria
A crise na suinocultura é crescente desde 2005, quando a Rússia impôs um embargo para a carne brasileira. De lá para cá, produtores mudaram de atividade, outros faliram, alguns seguem a insistir em um futuro incerto.
Em Braço do Norte, 150 granjas estão em atividade. Existe o temor que pelo menos metade delas feche as porteiras este ano. A cidade é destaque nacional na atividade e chegou a decretar situação de emergência, nesta terça-feira, em virtude da crise.
Em Grão-Pará a situação também não é boa, assim como as perspectivas de melhora. Cerca de 40 produtores já buscam alternativas para cobrir os custos e podem mudar o ramo de atividade.
Hoje, o custo de um suíno é, em média, de R$ 2,50. Por este mesmo animal, o produtor não recebe mais de R$ 1,70. Um dos pontos que eleva este custo é o preço dos insumos para manter a produção, como o milho e a soja.
Após meses de espera, o setor foi contemplado no Plano Safra 2012/2013, anunciado ontem pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Entre as medidas anunciadas estão à renegociação das dívidas, o abastecimento de milho e farelo de soja, remodelação da política de preços mínimos e a desoneração da folha de pagamento para agroindústria.
O setor também terá a criação de linha para retenção de matrizes, limite por produtor de até 1,2 milhão, com prazo de pagamento de até dois anos e taxa de juros de 5,5%.
Outros setores
Para os pecuaristas de bovinos de corte e de leite, o Plano Safra trás renovação da linha de financiamento para aquisição de matrizes e reprodutores. O limite por produtor é de até R$ 750 mil, com prazo de pagamento de até cinco anos.
Já os ramos de caprinocultura e ovinocultura receberão linha para aquisição e retenção de matrizes e reprodutores. O limite por produtor será de R$ 600 mil, também com prazo de pagamento de até cinco anos.
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