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Mineiros preocupados com o patrimônio da Carbonífera Criciúma

Foto: Divulgação

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Há mais de três meses sem receber salários, os trabalhadores da Carbonífera Criciúma estão acompanhando a movimentação financeira da empresa. É que, embora as dívidas trabalhistas não sejam pagas, algumas atividades continuam sendo realizadas na carbonífera.

“A Carbonífera Criciúma retira o carvão de uma mina da Cooperminas e compra também carvão que vem do Rio Grande do Sul para vender à Tractebel Energia. Com isso, a empresa continua vendendo carvão, faturando, e não repassa nada aos trabalhadores”, comentou o advogado do Sindicato dos Mineiros de Forquilhinha, Márcio Cechinel, em entrevista a repórter Karol Carvalho, da Rádio Eldorado.

Além disso, a carbonífera descontava dos salários o valor da mensalidade sindical, mas não repassa a entidade desde dezembro de 2014.

Conforme o advogado, os trabalhadores também estão preocupados com o patrimônio da empresa. “Há um interessa muito grande da carbonífera em se desfazer do patrimônio O sindicato fez uma investigação sobre o patrimônio dos diretores da empresa e eles não possuem praticamente nada no nome deles”, relata o advogado.

Ainda segundo Cechinel, recentemente houve uma tentativa de transferência de posse de uma área de mineração, mas por uma determinação judicial, há uma restrição com relação a mudança de posse de reservas e jazidas da empresa.

Os trabalhadores seguem em protestos e arrecadação de donativos. Hoje a tarde deve acontecer um novo pedágio na Avenida Centenário, semelhante ao de ontem.