Promissor atacante do Inter morreu aos 21 anos em um acidente em Florianópolis
Dia 28 de novembro. Certamente, uma data bastante triste para a famíllia, amigos e admiradores do jogador Mahicon Librelato, que há exatamente dez anos morreu vítima de um acidente automobilístico. Mahicon, na época com 21 anos, já era uma grande grande promessa do futebol.
O jovem jogador faleceu na noite do dia 28 de novembro de 2002, por volta das 23h30min, em um acidente na Avenida Beira-Mar Norte, em Florianópolis. O carro que estava dirigindo perdeu o controle em uma curva próxima à Ponte Hercílio Luz e foi jogado para dentro do mar.
Conforme publicação do Globo Esporte, Mahicon estava vivendo o melhor momento da carreira na época de sua morte. No ano anterior, o atacante salvou o Criciúma do rebaixamento para a Série C ao marcar um gol, com ombro deslocado, contra o Sergipe. Depois de ter sido sondado por Cruzeiro e Grêmio, foi comprado pelo Inter após uma longa negociação. Ficou no colorado menos de um ano, tempo suficiente para tornar-se um dos heróis daquela temporada.
Foi dele o primeiro gol do Inter na vitória por 2 a 0 sobre o Paysandu, no Mangueirão, em 17 de dezembro de 2002 – 11 dias antes do acidente. O placar do jogo livrou o colorado do rebaixamento naquele ano.
Nessa quarta-feira (28) o Portal Sul in Foco manteve contato com o empresário José Carlos Librelato, o Lussa, tio e um dos responsáveis pela revelação do jogador. “Mahicon, era um garoto de ouro. Inteligente e muito disciplinado. Desde criança possuía o sonho de ser um grande jogador de futebol e, tenho certeza, que conseguiu ser. Mahicon foi e sempre será um grande exemplo de atleta e sobrinho, que partiu deixando muitas saudades”, declarou o empresário.
Acidente
Na noite do acidente, Mahicon Librelato dirigia uma picape Ford Ranger, branca, com placas de Orleans, em companhia de dois amigos. No momento do acidente chovia intensamente na capital catarinense, quando o carro em que estava derrapou, saiu da pista e ainda derrubou um poste de iluminação antes de cair no mar. Na época não havia o guard-rail, que foi colocado no local após o acidente.
Quando o grupo de resgate chegou ao local, o veículo já estava totalmente submerso. Socorristas tiveram que quebrar os vidros do carro para que os ocupantes fossem retirados, ainda com vida. Os médicos tentaram reanimá-los, porém obtiveram sucesso apenas nos casos dos outros dois ocupantes. Mahicon morreu em seguida por parada cardio-respiratória.
Na época, em entrevista à RBS TV, o tenente Reinaldo, da Polícia Militar, destacou que a demora no resgate pode ter influenciado na morte do jogador, uma vez que foi por afogamento. O Grupo de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros ficava a menos de 100 metros do local do acidente.
Despedida
O sepultamento de Mahicon foi realizado em Orleans, sua cidade natal. Na época, Centenas de pessoas acompanharam o enterro na tarde do dia 29 de novembro. O então presidente do Inter, Fernando Carvalho, compareceu ao funeral e decretou luto de três dias no Estádio Beira-Rio. Também estiveram presentes jogadores colorados, como o zagueiro Chris e o atacante Daniel Carvalho, atletas do Criciúma e amigos de Librelato.