Esporte

Muay Thai: Arte marcial milenar atrai cada vez mais adeptos

Foto: Vanessa Amando/Engeplus

Foto: Vanessa Amando/Engeplus

Desenvolvido pelos tailandeses há mais de dois mil anos, o Muay Thai conquista cada vez mais adeptos ao redor do mundo. No Brasil, esta arte marcial chegou na década de 1970 e foi difundida pelos mestres Nélio Naja e Rudimar Fedrigo. Em Criciúma, chegou há cerca de dez anos, mas ganhou mais espaço nos últimos três anos, principalmente pela ascenção de atletas brasileiros no cenário mundial de lutas e pela divulgação da mídia.

O professor de Muay Thai, Fabiano Winiarski, praticante da modalidade há 21 anos, conta que as pessoas perderam parte do medo e do preconceito em relação aos esportes que envolvem lutas, o que favorece o seu crescimento. Ele explica que o Muay Thai faz bem para o corpo e para a mente, desde que haja disciplina e responsabilidade ao praticá-lo.

"Algumas pessoas praticam Muay Thai para perder peso, é uma atividade física completa, mas elas devem lembrar que estão praticando, antes de qualquer coisa, uma arte marcial. Isso exige respeito, disciplina dentro e fora do tatame, existe uma hierarquia também, então costumo dizer que qualquer pessoa pode praticar, desde crianças até idosos, mas de acordo com o que pedem as artes marciais", ressalta.

Aliada com uma alimentação equilibrada, a prática de Muay Thai proporcionou a perda de peso para Silvio Luiz Pelegrin, de 23 anos. Ele iniciou na modalidade há dois anos e meio, por curiosidade. O jovem revela que precisou se adaptar aos treinos, já que não estava acostumado com os tipos de exercícios, mas que, graças a eles, com reeducação alimentar e musculação, conseguiu perder mais de 15 quilos. "Além do bem estar físico, o Muay Thai também ensina a ter mais determinação, respeito, organização, disciplina, educação. São ensinamentos para serem colocados em prática dentro e fora do tatame", lembra o aluno.

Segundo o site Engeplus, além dos adultos, as crianças também têm espaço no Muay Thai. "Hoje, meu aluno mais novo tem dois anos e sete meses. O pai queria um tempo com o filho, então eles treinam juntos durante a noite", revela Winiarski. Sobre possíveis lesões, o professor afirma que elas podem acontecer, mas apenas com quem pratica com muita intensidade. O professor acredita que até mesmo o futebol seja mais violento do que o Muay Thai, já que, com os treinos, os alunos estão preparados para dar e receber golpes, o que não acontece entre os jogadores, por exemplo.

Para a aluna Jéssica Rosso, de 22 anos, o Muay Thai melhorou seu condicionamento físico. Ela é professora de Educação Física, comanda aulas de jump e musculação, mas os treinos de Muay Thai exigem muito mais do seu corpo. Adepta desta arte marcial há quase dois anos, ela se dedica diariamente, inclusive, já participou de quatro competições. Leia a reportagem completa.