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Na ACIC, arquiteto retrata experiência de viagem de 25 mil quilômetros em veleiro

Norberto Zaniboni passou por mais de um ano pelo Oceano Atlântico; palestra ocorrerá às 20 horas

Foto: Divulgação / Novo Texto Comunicação

Foto: Divulgação / Novo Texto Comunicação

Viajando em um veleiro, entre junho de 2012 e dezembro de 2013, um criciumense navegou 25 mil quilômetros pelo Oceano Atlântico. Com uma tripulação que foi se alternando durante mais de um ano de viagem, Norberto Zaniboni passou por 20 locais diferentes entre o continente americano, o europeu e o africano. 

Com uma bagagem cheia de histórias, experiências e novas culturas, o arquiteto criciumense fará uma palestra gratuita na Associação Empresarial de Criciúma – ACIC contando sua trajetória em alto-mar. A palestra faz parte do projeto Cultura na ACIC, iniciado neste ano, e ocorrerá às 20 horas.

Zaniboni começou a fazer viagens cada vez maiores a partir de 2005. Em 2010, em contato com outros viajantes que estavam indo para destinos maiores, houve a ideia de realizar o trajeto de 25 mil quilômetros em alto-mar. Em pouco mais de um ano e meio, o arquiteto planejou a viagem e partiu rumo à aventura.

De acordo com Zaniboni, a experiência foi de grande profundidade, levando em consideração o tempo e as condições de viagem. “Foi uma experiência muito forte no sentido de perceber o estilo desta empreitada, pois foi uma jornada muito lenta. É diferente do que ir para a Europa e ficar lá por um mês. Foi uma oportunidade de conhecer culturas, pessoas, hábitos e tivemos uma percepção da grandiosidade do planeta e dos seres vivos”, relata.

Zaniboni conta que viajou com um veleiro de dez metros e meio de comprimento com três metros e vinte centímetros de largura, pesando seis toneladas. “A embarcação contava com um motor, movido somente pelo vento. A cada 24 horas viajávamos, em média, 200 quilômetros. Nos dias sem vento, não avançávamos, ou seja, foi um período de muito aprendizado e paciência”, destaca.

Entre as experiências adquiridas, o arquiteto irá relatar os 23 dias seguidos em alto-mar. “O maior período no oceano foi entre o Caribe e o arquipélago dos Açores, em Portugal. Vimos durante quase um mês somente o mar e os seres vivos presentes neste contexto. Acabamos percebendo que há um equilíbrio no planeta e percebemos o que o homem realmente significa”, frisa.

O período de viagem foi dividido entre alto-mar e terra firme. “Descíamos nos países e alugávamos transportes como bicicletas e ônibus para locomoção. Entre as ilhas do caribe e os países como Espanha, Portugal e Marrocos foram visitados 20 locais diferentes”, enumera. Zaniboni viajou acompanhado pela família, que foi se alternando ao longo da viagem. Alguns integrantes desciam em alguns destinos e outros aderiam à aventura. Em média, o veleiro tinha uma ocupação de três pessoas.

Colaboração: Douglas Saviato / Novo Texto Comunicação