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Nível do Guaíba baixa 15 centímetros em 24h, mas água segue tomando ruas de Porto Alegre

Lago estava com 5,12 metros às 06h; é o menor patamar desde sábado (4)

Foto: Lauro Alves, SECOM

O nível do Guaíba, em Porto Alegre, baixou 15 centímetros nas últimas 24 horas, segundo a prefeitura da cidade. A medição foi realizada às 06h15 desta quarta-feira (8) pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) e apontou 5,12 metros. Este é o menor patamar que o lago atinge desde sábado (4) à tarde, quando eram 5,16 metros. As informações são do g1.

Ainda assim, o Guaíba segue acima da cota de inundação, que é 3 metros. Os temporais que atingem o Estado já deixaram mais de 90 mortos e a água não para de avançar em ruas da Capital.

O bairro Menino Deus, um dos locais que a prefeitura pediu para que os moradores abandonassem, registrou novos alagamentos em trechos das ruas Itororó e José de Alencar, nas últimas 24h. Uma delas chegou a ser usada como pontos de base para caminhões do Exército Brasileiro e ambulâncias que resgataram pacientes do Hospital Mãe de Deus, em outros dias.

— A água avança em algumas vias em função do desligamento de algumas casas de bombas que ainda estavam em operação. Assim alguns locais que estavam protegidos por elas acabam sendo inundados também — explica o professor Fernando Fan, do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da UFRGS, ao g1.

A manhã de domingo (5) foi a que registrou o maior nível do Guaíba, com 5,33 metros. O recorde, antes, era de 4,76 metros, atingidos em 1941.

O Guaíba deve levar ao menos 30 dias para voltar ao nível abaixo dos 3 metros. Em 1941, o lago levou 32 dias para abaixar.

Entenda por que as águas não abaixam

As bacias formam uma espécie de “funil” que retém as enchentes e atrapalha a saída para o mar. Isso acontece porque a água em grande quantidade, que escoa das bacias dos rios Taquari, Caí, Pardo, Jacuí, Gravataí, Sinos, “jogam” suas águas para o Guaíba.

Além disso, ventos que sopram no sentido Sul do litoral para o continente empurram a água da Lagoa dos Patos no sentido contrário, o que contribui com as inundações no Guaíba.

Com informações do NSC Total

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