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O esforço de quem luta contra as drogas

Governo e comunidade mostram-se empenhados em dar uma nova vida àqueles que quase perderam a esperança

O Brasil é considerado o segundo país com o maior número de consumidores de drogas. Perde apenas para os Estados Unidos. Estima-se que pelo menos três milhões de brasileiros são dependentes químicos. Realidade que levou as autoridades a considerar a situação como uma pandemia.

Em Santa Catarina, há mais de 125 mil dependentes de substâncias ilícitas. Segundo o deputado e presidente da Frente Parlamentar de Combate e Prevenção às Drogas no estado, Ismael dos Santos (DEM), existe a possibilidade de Santa Catarina ter mais de 180 mil crianças e adolescentes diretamente envolvidas com o uso de entorpecentes.

As três esferas governamentais engajam-se na luta contras às drogas, seja em forma de campanhas publicitárias ou na oferta de tratamento.

Em conjunto com estas ações, trabalham cidadãos comuns. Anônimos travam batalhas diárias para ajudar ouros anônimos. A maioria envolve-se a ponto de criar centros de recuperação e dar o máximo de si para manter uma estrutura.

Em Tubarão, por exemplo, há locais de ajuda cujo fundadores dedicam mais tempo ao trabalho, praticamente voluntário, do que à própria família. Entre as maiores dificuldades para manter estes lugares certamente está a falta de recursos.

Mas o amor à causa é fator preponderante para driblar a situação e renovar a esperança das pessoas que deram o primeiro passo para retomarem as suas vidas.

Amparo do governo em conjunto com a família

A prefeitura de Tubarão também exerce um papel fundamental no atendimento a usuários de drogas. Hoje, o Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e Outras Drogas (Caps-Ad) presta serviço para quem está disposto a se dar uma chance e tentar abandonar o vício. Conforme a responsável pelo Caps-Ad, Lisiane Salvan Marques, o atendimento é estendido à família, uma peça fundamental para a recuperação do usuário.

Qualquer pessoa interessada pode comparecer à unidade. Passará por uma entrevista motivacional e será inserida em um programa que inclui acompanhamento multiprofissional. O tratamento foge do convencional, pois o usuário não fica internado em uma clínica. Participa de atividades na unidade e precisa comparecer com frequência.

“Um dependente químico pode usar droga durante anos e causar riscos apenas ao organismo. Muitas famílias reconhecem o problema, mas só buscam ajuda quando os outros membros começam a ser afetados. Mas a internação é apenas um começo. Há uma estrada longa pela frente. Por isso é preciso um acompanhamento mais humanizado”, avalia Lisiane.

O atendimento no Caps-Ad é feito de segunda a sexta-feira, das 8 às 18 horas. A unidade fica na avenida Marcolino Martins Cabral, nº 3472, no bairro Passagem. O telefone é para contato é o 3632-7368.

Números são assustadores

Estima-se que três milhões de brasileiros são dependentes químicos. Deste total, acredita-se que um milhão de pessoas são usuárias de crack. Em Santa Catarina, 700 mil são dependentes de álcool, considerado uma porta para o consumo de outras drogas.