Segurança

Ocorrências já superam os registros de janeiro de 2015

Foto: Arquivo/Clicatribuna

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Depois de um começo de verão com o tempo instável, há alguns dias o tempo está seco, firme e com altas temperaturas, o que favorece os incêndios. Apenas em Criciúma, nos primeiros dias deste ano, foram 16 ocorrências em vegetação, turfas, terreno baldios e em lixos. Índice que já supera o mês de janeiro de 2015, com nove chamados. Na região da Amrec e Amesc, apenas nesta semana, até o fechamento desta edição, foram registrados mais de 40 chamados.  

Segundo o monitoramento do Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometereologia de Santa Catarina (Ciram) o risco de incêndio era considerado altíssimo em toda a região da Amesc e em parte da região da Amrec, durante a tarde de ontem.  Em Criciúma, o incide era considerado alto. A fórmula tem como base as informações de precipitação e também da umidade relativa do ar.

Mas, conforme o Corpo de Bombeiros, não é apenas o tempo que favorece o surgimento de queimadas. É a ação humana que interfere diretamente nesses tipos de ocorrências. “O principal fator é a ação humana direta, aquela na qual a pessoa possui a intenção de atear fogo. As pessoas o fazem propositalmente nos terrenos, inclusive com o uso aceleradores (gasolina, álcool, diesel, querosene), para "limpar" ou até mesmo como ato de vandalismo. A ação humana indireta, quando não há intenção, também pode gerar o incêndio, mas é mais raro, como, por exemplo, uma bituca de cigarro”, afirmou Rafael De Fáveri, aspirante a oficial do Batalhão de Bombeiros Militar de Criciúma.

E a demanda de efetivo para essas ocorrências prejudica o trabalho dos bombeiros, já que os militares poderiam ser chamados para ocorrências de maior gravidade, como incêndio em edificações ou acidentes de trânsito. “Na maioria das vezes, não é possível acessar os locais com o caminhão e fazer o combate às chamas com a água transportada. Isso nos obriga a extinguir o incêndio com o uso de batedores e bombas de água costais, o que exige mais efetivo, expõe nosso bombeiro a um risco mais elevado, já que é necessário chegar mais próximo aos focos, e torna o trabalho muito cansativo”, relatou o bombeiro.

Para evitar que casos, muito comuns nesta época do ano, aconteçam, os bombeiros enumeram algumas recomendações. A primeira é evitar colocar fogo em qualquer tipo de vegetação, independente do motivo. Não existe uma maneira correta de efetuar a queimada, já que o fogo pode sair do controle, deixando em risco muitas pessoas. Os bombeiros pedem que a população denuncie para a Polícia Militar ou para a Fundação do Meio Ambiente, caso presenciar alguém que praticou o ato. Além disso, se presenciar o fogo, não é para tentar apagar as chamas, deixando o serviço a cargo dos bombeiros. “É importante conscientizar de que não se deve colocar fogo em vegetação. Enquanto não mudarmos essa cultura regional esse quadro não irá mudar” concluiu de Fáveri.

Com informações do site Clicatribuna