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Ônibus são apedrejados em Blumenau

Foto: Osvaldo Sagaz/RBS TV

Foto: Osvaldo Sagaz/RBS TV

Cinco ônibus da empresa Rodovel, que opera com frota mínima, foram apedrejados na manhã desta terça-feira (29) em Blumenau, no Vale do Itajaí. Este é o 12º dia de greve no transporte público da cidade. No dia 24, quatro veículos da Glória também foram apedrejados.

A primeira ocorrência foi por volta das 5h30, quando o veículo saía da garagem. Segundo o motorista, um carro se aproximou do veículo e um homem jogou pedras no para-brisa do ônibus. Ninguém ficou ferido. 

Os outros quatro coletivos circulavam pela cidade quando foram alvo de vândalos. Segundo a RBS TV, motoristas e cobradores não viram quem atirou as pedras. Os veículos tiveram lataria amassada e para-brisa quebrados. A empresa levou os ônibus atingidos para um terminal da cidade, onde permanecem à disposição para perícia policial.

Assembleia

Motoristas e cobradores exigem o pagamento integral do 13º salário. O sindicato da categoria estuda a possiblidade de uma nova assembleia às 17h desta terça-feira para definir os rumos do movimento.

De acordo com o Sindicato dos Empregados nas Empresas Permissionárias no Transporte Coletivo Urbano (Sindetranscol), a Justiça alterou nesta segunda-feira (28) de 30 para 50% obloqueio da receita das empresas Verde Vale e Glória, do consórcio Siga, para garantir o pagamento dos trabalhadores. Em reunião nesta segunda, representantes do sindicato apresentaram aos trabalhadores o posicionamento judicial e decidiram manter a greve.

A frota das duas empresas está completamente parada, enquanto os funcionários aguardam a regularização total dos pagamentos dos funcionários.

Frota mínima

Circulam, por enquanto, em frota mínima, os ônibus da empresa Rodovel, responsável por cerca de 30% do transporte do município.

De acordo com o Sindetranscol, o parcelamento do 13º foi aceito pelos funcionários da manutenção e do serviço administrativo da Rodovel. Motoristas e cobradores foram contra a proposta do consórcio Siga, por isso, os trabalhadores optaram por rodar com uma frota mínima de 20 veículos desde a assembleia do dia 21.

Sem transporte, sem salário

"Desde muito antes da greve, temos tentado negociar a regularização das pendências com os trabalhadores, mas não tem havido abertura. Nossa proposta inicial era de parcelamento em três meses do 13º, que foi recusada", diz o gerente do consórcio Siga Valdonir Perini.

De acordo com o gerente, não há previsão para o pagamento para o mês de dezembro.

"Historicamente, temos feito empréstimos bancários para pagar o 13º e honrado nossas dívidas. Com a intervenção feita pela prefeitura, houve um financimento em nome do consórcio para o pagamento da folha da empresa Glória, com isso, foi comprometido nosso crédito e não conseguimos quitar o 13º. Com os ônibus parados, não temos receita e não temos como pagar salários de dezembro ou outras pendências com os trabalhadores", afirma.

O G1 não conseguiu contato com a prefeitura para obter uma posição sobre o assunto até o fechamento desta matéria.

Transporte alternativo

A prefeitura chegou a abrir credenciamento para contratação temporária de serviços de transporte, mas teve baixa adesão de empresas. Segundo a administração municipal, as prestadoras do serviço temem apedrejamento dos veículos, como ocorreu na última quinta (24), quando quatro ônibus do consórcio Siga foram vandalizados enquanto rodavam pela cidade. Não houve feridos, mas gerou insegurança.

Com informações do site G1 SC