Saúde

Pelo menos 20 casos de impetigo são confirmados em Orleans

Foto: Divulgação / Notisul

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Os primeiros casos de impetigo foram confirmados em Orleans nessa última semana. Conforme a coordenadora da Vigilância Epidemiológica do município, Alana Patrício Stols, há pelo menos vinte casos no distrito de Pindotiba, 17 deles, relacionados à Creche Arcangelo Campos. Além disso, cada unidade de saúde da cidade atendeu, pelo menos, duas crianças contaminadas.

“Não temos um número exato de casos. Nós pegamos uma nota de alerta divulgada pela Dive na última quinta-feira (21) e fomos a todas as unidades de saúde. Cada uma delas, já tinha atendido uma média de dois ou três casos. No São Gerônimo e no Rio Belo, temos conhecimento informalmente de pelo menos quatro crianças em cada bairro. A unidade de saúde São Lucas, no Centro, foi a que mais atendeu. Contudo, também não há um número exato. São crianças de diversos lugares da cidade, como Oratório, Coloninha e Centro”, contou.

Alana destaca que não há necessidade de paralisar as atividades da Creche Ancargelo Campos para dedetização. A orientação é o afastamento da criança que está com lesão ativa e higienização com álcool 70 das escolas e dos locais que elas tiveram contato, como mesas e brinquedos. Também foram relatados casos de professoras. Entretanto, elas já não estavam mais com a doença ativa. Segundo a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, ocorreu em uma proporção muito menor.

“Fomos pessoalmente à escola e conversamos com as professoras, merendeira e auxiliar de limpeza. Pretendemos ir lá nesta terça-feira e ver como está o número de casos novos, mas acredito que não tenha surgido mais nenhum depois que as crianças que estavam com a doença ativa foram afastadas e os locais higienizados. Por isso, não há necessidade de dedetização ou fechamento da creche”. Outra ação da Vigilância Epidemiológica de Orleans foi ir até a Secretaria de Educação e repassar a nota de alerta para que seja encaminhada às escolas.

O que é impetigo

Impetigo é uma infecção da pele que pode apresentar lesões avermelhadas, vesiculares, pustolosas, crostosas ou até bolhosas. O impetigo costuma aparecer secundariamente a ferimentos mal higienizados, sendo que acomete principalmente crianças pequenas, pois elas têm dificuldade de seguir as recomendações que reduzem o risco de infecção nas feridas de pele (higiene constante das mãos e das feridas, evitar a coçar a lesão, manter unhas curtas e limpas).

Para a Dive, casos de impetigo podem ser surtos de catapora atípicos

A nota da Dive se refere a um "surto de lesões de pele sugestivas de impetigo" e deixa claro que pode se tratar de uma variação da varicela, que é a catapora. “Algumas crianças podem estar com uma forma mais branda da catapora devido a uma dose de vacina que entrou no calendário há mais ou menos quatro anos. Como nenhuma vacina consegue 100% de imunidade, pode ter sido uma forma mais branda e, como é difícil manter a higienização em crianças e evitar que elas cocem, a lesão acaba ficando infeccionada”, destacou Alana. “Embora a transmissão das bactérias causadoras do impetigo ocorra através do contato, o impetigo não costuma levar a surtos ou epidemias, tendo em vista a sua fisiopatogenia (tais bactérias já são colonizantes da pele, são oportunistas que aparecem secundariamente a ferimentos e outras lesões)", explica a nota da Dive.