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‘Poda’ de árvores destrói praça de Treze de Maio e vira caso de polícia

Foto: Gabriel Felipe/RBS TV/G1 SC

Foto: Gabriel Felipe/RBS TV/G1 SC

A Delegacia de Crimes Ambientais de Tubarão investiga um serviço de corte na praça do município de Treze de Maio, no Sul do estado, que deixou o local destruído e quase sem árvores. A prefeitura afirmou que algumas foram "cortadas a mais", como mostrou o Jornal do Almoço desta quinta-feira (3).

O delegado André Silveira esteve na tarde de quarta (2) na praça para verificar a situação. Ele instuarou um inquérito para saber porque a prefeitura fez a poda de pelo menos 64 árvores da praça da cidade – algumas delas exóticas.

Depois do serviço, restaram na praça troncos e galhos no chão, além de diversas partes com terra à mostra, já sem grama. A polícia vai enviar as informações do inquérito para a Fundação do Meio Ambiente (Fatma) e também para o Ministério Público de Santa Catarina.

O objetivo é saber a razão pela qual árvores exóticas foram cortadas e por que o serviço foi feito além do previsto. "Quando confrontados com quais os prejuízos que estavam sendo causados ao patrimônio e às pessoas, o próprio engenheiro que fez o laudo não soube explicar. O relatório, além de não ter nenhum levantamento fotográfico que nos permita uma análise do estado das árvores, sequer diz quais as árvores que estariam apresentando problemas", explicou o delegado.

A investigação apura uma possível fraude na autorização dos cortes. A polícia ainda avalia as responsabilidades da empresa que foi contratada para fazer o serviço. "Além disso, no estudo não foi feito levantamento com relação à fauna e outras espécies que estavam também na praça, como ninhos de pássaros, bromélias e orquídeas. Nós constatamos que estavam todas amassadas, destruídas em virtude dos cortes", continuou o delegado.

Árvores cortadas a mais

Por telefone, o prefeito de Treze de Maio, Clesio Bardini de Biasi, conversou com a RBS TV. Ele disse que o trabalho de corte das árvores foi feito com autorização da Defesa Civil e Fatma.

Segundo ele, o problema é que algumas árvores foram cortadas a mais. Biasi também afirmou que o serviço foi necessário porque elas eram muito grandes e abrigavam usuários de drogas durante a noite. Ele disse que já existe um projeto para revitalizar o local e fazer o plantio do que foi retirado.

Com informações do site G1 SC