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Polícia Civil conclui inquérito sobre morte de 4 pessoas na Serra de SC

Dois suspeitos estão detidos no presídio de Lages. Eles devem responder por homicídio coletivo e qualificado.

Foto: Polícia Civil / Divulgação

Foto: Polícia Civil / Divulgação

O inquérito sobre a a chacina em Otacílio Costa, na Serra catarinense, no dia 17 de janeiro, foi concluído na terça-feira (26). O delegado Raphael Barboza afirmou nesta quinta (28) que os dois suspeitos do crime devem ser indiciados por homicídio coletivo e qualificado.

Por volta das 17h daquele domingo (17), Sebastião Pereira dos Santos, de 57 anos, a mulher dele, Laurita da Costa, de 63, foram mortos a facadas na casa onde moravam, assim como Estuarte Ronaldo Schneider, de 51, e a filha dele, uma menina de 8 anos, que visitavam a família. A mulher de Estuarte e mãe da menina, que também estava no local, conseguiu fugir dos assassinos.

"Usamos esta classificação do crime por ter sido praticado com uso de dissimulação, crueldade, sem que as vítimas pudessem se defender e por motivo torpe. Além disso, é passível de aumento de pena, em razão de uma das vítimas ser menor de 14 anos", explicou o delegado.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, o inquérito foi entregue na terça-feira para o judiciário que deve encaminhá-lo ao Ministério Público. "O MP deve fazer a iniciação de uma ação penal para responsabilização criminal dos presos em até cinco dias. O promotor pode ter uma compreensão diversa da minha sobre o caso, talvez a classificação do crime mude, temos que aguardar", explica Barboza.

Motivação

Conforme a Polícia Civil, as investigações apuraram que os suspeitos ouviram comentários de que o casal de idosos teria vendido gado pelo valor de R$ 60 mil e que teriam este dinheiro em casa.

Na noite do crime, um sobrinho do casal, de 35 anos, foi preso perto da casa onde morava. Segundo a Polícia Militar, o suspeito confessou o crime. “Ele afirmou que foi ao local para roubar R$ 60 mil que os tios teriam ganhado na venda de gado. Mas a venda, na verdade, não ocorreu”, disse o tenente Marco Antônio Marafon Júnior.

Quatro dias depois da primeira prisão, no dia 21, o segundo suspeito do crime foi detido. Ele é cunhado do primeiro preso. Conforme o site G1 SC, ambos estão no Presídio Regional de Lages.

O segundo preso foi encontrado na BR-116 em Monte Castelo, no Norte catarinense, distante cerca de 170 quilômetros do município onde ocorreu o crime. De acordo com o delegado, o suspeito reinvindicou o direito de permanecer em silêncio.