Segurança

Polícia não encontra culpados nos incêndios na prefeitura

Investigação apontou que as chamas foram originadas por problemas elétricos

Foto: Marcelo de Bona / Portal Engeplus

Foto: Marcelo de Bona / Portal Engeplus

A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre os dois incêndios na prefeitura de Criciúma. Em entrevista coletiva concedida na tarde desta quarta-feira (8), na Divisão de Investigação Criminal – DIC, foi apontado que nos dois casos as chamas foram originadas por problemas elétricos.

“Inicialmente, o inquérito foi instaurado para apurar o primeiro incêndio. Ele começou por volta 23 horas da noite anterior a 27 de maio. Naquela madrugada havia uma guarda municipal trabalhando dentro da prefeitura e ela percebeu o incêndio somente às 3 da manhã, quando ele já estava tomando proporções avantajadas. Foram analisadas as imagens de 16 câmeras e constatamos que o incêndio iniciou, de forma pequena, na sala de fiscalização de tributos. A perícia realizada no local chegou à conclusão que houve uma sobrecarga em ponto de energia que abastecia uma impressora e uma estufa de aquecer papel. Não houve nenhuma ocorrência criminal”, informa o delegado da DIC, André Milanese, que coordenou a investigação do inquérito.

De acordo com a investigação policial, o segundo incêndio na prefeitura, registrado no último dia 7 de junho, também teve origem em uma falha na instalação elétrica. “No dia do incêndio, havia guardas municipais fazendo ronda. Durante o inquérito, eles falaram que a partir do meio dia, as últimas pessoas que estavam no prédio, mexendo na fiação de telefone, saíram. Eles realizaram vistoria em todas as salas e a prefeitura ficou vazia. Quando então, eles perceberam o incêndio proveniente da sala de informática. Essa informação foi confirmada pelo laudo do IGP, que chegou a conclusão que o fogo iniciou após uma sobrecarga elétrica do nobreak. A sala de informática já estava em funcionamento. Se pretendia abrir a prefeitura no dia seguinte”, descreve o delegado.

Conforme Milanese, cerca de 15 pessoas foram ouvidas durante a investigação, mas não foi encontrado nenhum culpado. “A partir daí, começamos a investigar quem seria o culpado por este fato. Passamos a investigar as pessoas que trabalhavam no setor de informática, que, por algum motivo, poderiam ter feito de forma culposa ou dolosa algo que pudesse gerar o incêndio. A empresa que fez a instalação elétrica também foi investigada, assim como a que fez a instalação do nobreak. Mas apesar de se comprovar que foi ali que surgiu o incêndio, a polícia não teve condições de dizer quem foi o culpado. Houve algum equívoco nessa instalação elétrica, nos equipamentos, ou na fiação, mas pela grandiosidade do incêndio a polícia finalizou o inquérito sem indiciar um suspeito. No nosso entendimento, não houve caracterização de crime de dano ou incêndio”, pontua Milanese.

Agora, o inquérito será encaminhado ao Ministério Público. Conforme o Portal Engeplus, o órgão analisará o inquérito e poderá solicitar uma nova diligência, ou o arquivamento do processo.