Saúde

Prefeitos pedem vacinação imediata de crianças de 5 a 11 anos contra Covid-19

Mais de 2.500 prefeitos que fazem parte do Consórcio Nacional de Saúde querem que a faixa etária seja vacinada contra o coronavírus; Anvisa estuda a liberação

Divulgação

Mais de 2.500 municípios brasileiros, filiados ao Conectar (Consórcio Nacional de Saúde), querem a liberação do esquema vacinal contra a Covid-19 para crianças de 5 a 11 anos. O pronunciamento foi feito na manhã desta quinta-feira (25), durante o encontro da Frente Nacional dos Prefeitos.

O responsável pela fala foi o prefeito Gean Loureiro (DEM). Ele defendeu o o início imediato da imunização dessa faixa etária. Segundo ele, um estudo técnico encomendado pelo Conectar, que o mesmo preside, apontou a importância de proteger as crianças para diminuir a transmissibilidade da doença.

A intenção é também chegar a pelo menos 90% da população brasileira imunizada. O estudo foi liderado pela epidemiologista Carla Domingues, que coordenou o PNI (Plano Nacional de Imunização) durante oito anos.

Ela apontou que a mortalidade de crianças e adolescentes pelo coronavírus apresenta taxas cerca de quatro a oito vezes superiores no Brasil, respectivamente, às registradas em países como EUA e Reino Unido.

“Nós formatamos um documento para o Ministério da Saúde pedindo a imediata inclusão das crianças no PNI. Sabemos que os sintomas são mais brandos para eles, mas a transmissibilidade pode ser diminuída com a vacinação”, disse Gean. “Os estudos já demonstraram uma eficácia de 90% nas crianças com a vacina da Pfizer”, completou.

Fora do Brasil, países já vacinam crianças com mais de 5 anos

O mesmo estudo citado por Gean Loureiro, ainda não publicado pela farmacêutica Pfizer/BioNTech, foi o estopim para a liberação do uso desses imunizantes contra Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos nos Estados Unidos.

O que se sabe é que o estudo englobou cerca de 2.200 participantes nesta faixa etária e nenhum apresentou efeitos colaterais importantes para a inviabilização das vacinas. Países como Chile, Emirados Árabes Unidos, China e Argentina também já iniciaram a aplicação dos imunizantes para a faixa etária.

Vacinação estagnou em adolescentes com 12 anos

No Brasil a situação é diferente. A vacinação de crianças e adolescentes menores de 12 anos contra Covid-19 no Brasil ainda está sendo avaliada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Na última semana, os fabricantes Pfizer/BioNTech requisitaram a aplicação para as crianças de cinco a 11 anos. O órgão tem um mês para publicar um parecer sobre o assunto.

Até o momento, somente a vacina da Pfizer pode ser aplicada em adolescentes, mas o Instituto Butantan está querendo mudar o parecer. Recentemente, ele divulgou um estudo da fabricante Sinovac com resultados preliminares que indicam que a Coronavac é segura para crianças maiores de três anos e adolescentes.

A liberação vem sendo discutida com a Anvisa. O Ministério da Saúde, entretanto, vem recomendando que a vacinação de adolescentes entre 12 e 17 anos seja feita somente se eles apresentarem comorbidades. A orientação se baseia na recomendação da Câmara Técnica Assessora em Imunização e Doenças Transmissíveis e da Organização Mundial de Saúde.

Segundo o órgão, “a orientação é baseada, entre outros fatores, em evidências científicas que consideram o baixo risco de óbitos ou casos mais graves da Covid-19 neste público. Entre os adolescentes, de 15 a 19 anos, que morreram por Covid-19, 70% tinham pelo menos um fator de risco”.

*Com informações da Agência Brasil e do Ministério da Saúde

Notícias Relacionadas

Tencati testou duas formações para encarar o Vasco: 4-5-1 e 4-4-2

Reviravolta na corrida eleitoral em Criciúma com mudança de pré-candidato apoiado por Salvaro

Vagner Espíndola, o Vaguinho, foi anunciado.

Semana do Jovem Aprendiz na Satc destaca importância da qualificação profissional

Programação especial contou com bate-papos e troca de experiências com ex-aprendizes formados na instituição

Anderson Leonardo, vocalista do Molejo, morre aos 51 anos

Anderson lutava contra um câncer desde 2022