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Projeto de Lei deixa Florianópolis 53 anos mais velha

Foto: Janara Nicoletti/G1

Foto: Janara Nicoletti/G1

A Câmara de Vereadores de Florianópolis aprovou nessa terça-feira (16), por unanimidade, um Projeto de Lei (PL) que deixa a cidade mais velha 53 anos. Segundo o texto, o aniversário da capital passará a ser comemorado a partir do ano de fundação da cidade – 1673 – não mais o de emancipação – 1726.

O  PL será encaminhado para sanção ou veto do prefeito, Cesar Souza Júnior. Se o projeto for aprovado pelo chefe do Executivo municipal, em 2016, Florianópolis passaria a ter 343 anos, não 290. Em 2015, o município celebrou 289 anos de fundação. 

Até este ano, o aniversário da cidade era celebrado na data de emancipação: 23 de março de 1726, quando a antiga Ilha do Desterro se emancipou de Laguna, no Sul catarinense. 

No entanto, conforme o argumento do projeto aprovado pela Câmara da capital em duas votações – uma na segunda (15) e outra nesta terça (16), "todos os municípios comemoram aniversário na data de fundação e não de emancipação", por isso, o PL prevê alterar a 'idade' da capital catarinense.

Estudo apontou 'equívoco'

A data para a nova "idade" do município, 1673, baseia-se no estudo realizado pelo Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina a pedido da Prefeitura de Florianópolis, em 2003, que solicitava um parecer sobre a provável data de fundação da Póvoa de Nossa Senhora do Desterro, atual Florianópolis.

A pesquisa seguiu diversos arquivos históricos e as obras de vários autores, entre eles, Nereu do Vale Pereira, Pedro Taques e Evaldo Pauli que em seu livro intitulado “Fundação de Florianópolis”, de 1973, desenvolve um farto conteúdo para concluir que o ano 1673 seria a data mais próxima da data correta para a fundação do município, que depois se tornou a capital do estado.

O parecer do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina foi apresentado durante Audiência Pública realizada na Câmara para debater o assunto e serviu como emenda para o Projeto de Lei assinado por vários vereadores.

Para o vereador Afrânio Boppré (PSOL), trata-se de "uma dívida que a cidade tem com ela mesma. É de interesse dos historiadores desfazer essa confusão".

A Secretaria de Comunicação da Prefeitura afirmou que o prefeito, Cesar Souza Júnior, está em Brasília e que aguarda o envio do PL para ser analisado. Ele também será analisado pela Procuradoria do Município.

Com informações do site G1 SC