Segurança

Projeto para filial de empresa no Santa Augusta é aprovado

Foto: Lucas Colombo/Clicatribuna

Foto: Lucas Colombo/Clicatribuna

A Secretaria de Justiça e Cidadania (SJC) aprovou no final da tarde de ontem o projeto de convênio com uma empresa de alumínio e plástico, que instalará uma filial no Presídio Santa Augusta, em Criciúma.

Segundo a secretária da SJC, Ada De Luca, resta apenas alguns detalhes para assinatura final da documentação que firma a parceria.

“Mas está tudo bem encaminhado e aprovado. O projeto é excelente, e de imediato irá contratar 100 apenados”, informou a secretária, que tem como lema, em sua pasta com foco em ressocialização, “Sistema Humanizado, Cidadania Respeitada”.

No início da semana, o projeto foi entregue para o diretor do Departamento de Administração Prisional (Deap), Leandro Soares Lima, para análise, e posteriormente à responsável pela SJC.

Ontem, a cúpula responsável pelo sistema prisional esteve reunida para analisar em conjunto o projeto de ressocialização e reinserção do apenado ao mercado de trabalho.

Outras mudanças

Conforme o site Clicatribuna, a unidade carcerária que mais abriga detentos na região Sul de Santa Catarina, também passa por outras transformações. A construção de uma nova sala de aula, instalação de telas para impedir que objetos ilícitos no ambiente carcerário cheguem às mãos dos detentos e a ampliação da mesma fábrica de alumínio e plástico em uma das galerias são alguns dos projetos do estabelecimento penal. O trabalho atualmente é desenvolvido na Galeria G, inaugurada em 1º de março do ano passado, a mais nova da unidade.

Para o gerente do Santa Augusta, Jovino Zanelato, esse convênio com a empresa de alumínio é a maior porta de ressocialização existente para o apenado que realmente quer um futuro longe da criminalidade. “O reeducando sai daqui com um emprego garantido, se realmente mostrar interesse em mudar”, diz o responsável pelo Santa Augusta.

Local está sendo ampliado

Outro espaço, na mesma galeria, está em reforma para ampliação da mini-fábrica. Conforme Zanelato, com esta adaptação, mais 15 detentos (são 15 atualmente) terão oportunidade de trabalho no cárcere. Quinze detentas também trabalham na Galeria Feminina para a mesma empresa.

“Está sendo estudado uma carga horária de dois turnos. Caso de certo quase 100 reclusos irão trabalhar. Com a instalação da filial da fábrica aprovada, são mais 100 trabalhando. Ou seja, um total de 200 reeducandos terão essa oportunidade somente para esta empresa”, expõe.

Cada apenado trabalhando, além de ter redução da pena (um dia a menos para cada três trabalhados), ganha um salário mínimo. Deste valor um quarto fica para o detento e o restante para melhorias na própria unidade prisional. “Com esse valor eles podem ajudar a família lá fora, já que muitas, passam dificuldades”, atribui o gerente do Santa Augusta.

Os responsáveis pela empresa não querem ter o nome divulgado até a assinatura final do convênio.

Oportunidade de trabalho

É na Galeria G da unidade que 15 detentos trabalham na empresa de alumínio e plástico. O mesmo número de detentas também realiza o ofício na Galeria Feminina. Com a ampliação do espaço e a aprovação da SJC para construção de um pavilhão aonde irá funcionar uma filial da fábrica, serão cerca de 200 detentos com oportunidade de mudança de vida. Quando saírem do cárcere, eles podem continuar o trabalho na rua.

Nova Sala de Aula

Uma nova sala de aula para os reclusos está sendo construída ao lado da Galeria D. A nova construção foi necessária, já que o lugar onde as aulas eram lecionadas aos apenados, será destinada a ampliação do espaço de trabalho para abranger o dobro de detentos. Com a construção pronta, o Presídio Santa Augusta vai contar com um local específico para as aulas, sem estar anexada a alguma galeria.

Coibir arremessos

Para evitar que os objetos arremessados ao presídio, o que vem ocorrendo constantemente, cheguem aos detentos, telas foram instaladas ao arredor da Galeria G e da Galeria E. Os gansos sinaleiros continuam também reforçando a segurança em um dos pátios da unidade prisional. Cerca de 50 câmeras também fiscalizam toda movimentação carcerária. Dos objetos arremessados do lado externo, a maioria são celulares, maconha e fumo de corda.