Este ano o tema da Campanha da Fraternidade é “Fraternidade e Juventude”, e o lema, “Eis-me aqui, envia-me”
Foto: Diocese de Criciúma
Neste dia 13 de fevereiro, a Igreja Católica começa a vivenciar novamente o tempo da Quaresma, que inicia com as celebrações da Quarta-Feira de Cinzas. Com a cruz assinalada com as cinzas em sua fronte, o cristão católico acolhe as palavras do padre ou ministro que em nome de Deus lhe diz: “Converte-te e crede no Evangelho!” (Mc 1,15).
Conforme o bispo da Diocese de Criciúma, Dom Jacinto Inacio Flach, a frase resume praticamente o espírito que deve ser vivenciado durante toda a vida, especialmente no tempo da Quaresma, e que marca a preparação dos fiéis para festa da Páscoa, a maior festa da Igreja Católica. “Temos esse grande apelo de Deus para que realmente levemos a sério a festa da Páscoa, que deve ser preparada com espírito de conversão. E converter para quem? Para Jesus e seu Evangelho. Tudo que destoa ou não está de acordo com a verdade revelada em Jesus Cristo à humanidade, precisa ser melhorado ou modificado”, pontua o bispo.
A origem das Cinzas
Segundo o bispo, antigamente, quando a penitência era pública, a Igreja pedia que as pessoas colocassem cinzas sobre a cabeça. O gesto da imposição das cinzas remete a todos o texto bíblico que afirma: “Do pó viestes, ao pó voltarás” (Gn 3,19). “As cinzas mostram que nossa vida é muito passageira. De nada adianta o nosso orgulho, a nossa vaidade: isso tudo um dia vai virar pó. O que nos engrandece, nos eterniza, é nossa fé em Jesus Cristo e nossa conversão a Ele”, ressalta Dom Jacinto.
Como viver a Quaresma
“A Igreja nos pede várias coisas. A primeira é a nossa conversão a Jesus Cristo, mas para poder fazer isto, a Igreja nos propõe participar bem da Liturgia em todo o tempo quaresmal. Os Grupos de Famílias, que refletem o tema da Campanha da Fraternidade, nos ajudam a não só pensar em nós mesmos, mas também nos outros”, exemplifica Dom Jacinto.
Segundo o bispo, o tempo da Quaresma pode ser vivenciado com orações penitenciais e o jejum, além da confissão sacramental. “São vários meios importantes que a Igreja nos propõe e que nós não podemos esquecer, pois através desses meios, Deus alcança graças muito fortes, importantes e necessárias para nossa conversão”, afirma.
Dom Jacinto esclarece que “converter-se para Deus e para o Evangelho” exige mudança de atitudes, especialmente no relacionamento consigo mesmo, com Deus, com os irmãos e toda a obra da criação. “São 40 dias que ninguém deve deixar passar de qualquer jeito, senão, não teremos nada para celebrar na Páscoa”.
Fraternidade e Juventude
Neste ano a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) propôs como tema da Campanha da Fraternidade, “Fraternidade e Juventude”, e como lema, “Eis-me aqui, envia-me” (Is 6,8). “Além de termos a graça da realização da Jornada Mundial da Juventude no Brasil, a Igreja tão sabiamente escolheu os jovens como tema a ser refletido, para que eles sejam aliados na evangelização. O rosto de Cristo também é jovem. Graças a Deus, uma parte dos jovens está conosco, na Igreja e, outros, infelizmente, não. Mas estes também são filhos de Deus e precisam ser acolhidos, cada um na sua diferença. O jovem tem espontaneidade e um coração que facilmente se abre ao novo. Não faz muito preconceito e tem muitas virtudes que, muitas vezes, falta para nós, adultos, em sermos mais acolhedores, abertos e dispostos ao novo. Eles são a grande riqueza no meio de nós!”, afirma o bispo.
Colaboração: Diocese de Criciúma
