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Saga por resgate e morte de baleia encalhada em praia, geram comoção

Após a morte ser constatada, o corpo do animal flutuou e foi levado pelo mar; PMP-SC e R3 Animal esperam por aparecimento do animal para realizar necropsia

Foto: Divulgaçao

O caso da baleia que morreu após encalhar na praia do Morro das Pedras, no Sul da Ilha de Florianópolis, está no centro das atenções e gerou comoção entre moradores e especialistas. Agora, a expectativa é de que o corpo boie mar adentro e siga em direção à praia da Armação, também na região Sul da Capital.

O animal, com 11 metros, encalhou ainda vivo no local no último domingo (1). O PMP-SC (Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos) acredita que a baleia seja a mesma que encalhou, mas se soltou rapidamente na praia de Jurerê, no Norte da Ilha, após ser arrastada pelas ondas na manhã de sábado (30). A baleia pertence à espécie Cachalote (Physeter macrocephalus).

A Associação R3 Animal e a PMP-SC estão monitorando a possível migração do corpo do animal para outro local. Eles aguardam sua reaparição para realizar uma necropsia e investigar a causa da morte.

A Associação R3 Animal explicou que, devido às condições marítimas turbulentas, não foi possível resgatar a baleia, que estava em transição da fase juvenil para a adulta.

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Eles aguardaram até a segunda-feira (2) para uma possível operação de resgate, que infelizmente não foi viável.

Karina Groch explicou que a principal motivação de não ter ocorrido o resgate foram as más condições do mar, que está em alerta vermelho, o que impediu a aproximação de embarcações, uma vez que a baleia estava próxima à margem.

Além disso, não foi possível colocar uma cinta ao redor do animal, prática necessária para o reboque, devido às condições adversas do mar. A única medida viável, segundo a especialista, foi monitorar o estado da baleia e aguardar por uma melhoria no tempo para avaliar a possibilidade de resgate.

População lamenta morte da baleia

A população local lamentou o caso. Um pescador experiente que acompanhou a situação, observou que a baleia parecia estar se dirigindo para a ponta da Lagoinha do Leste devido à corrente do mar que fluía para o sul.

Alguns turistas presentes no local relataram muitas pessoas tentaram ajudá-la, mas sem sucesso. Eles acreditam que mais esforços deveriam ter sido feitos para salvar o animal.

Karina explica que não é recomendável tocar em baleias e outros animais marinhos que aparecem na praia, uma vez que eles podem ter doenças e transmitir bactérias aos seres humanos.

Cuidados com animais encalhados e que aparecem em praias
A Associação R3 Animal alerta para a presença de muitas pessoas nas proximidades de baleias encalhadas, o que representa um risco significativo. É vital que, ao identificar um animal encalhado, os banhistas se afastem imediatamente.

“Quando um animal encalha indica que ele pode não estar em boas condições de saúde. Esse não é um comportamento normal para a espécie”, afirma a Associação. Portanto, é crucial que as pessoas mantenham distância do animal e informem imediatamente as autoridades competentes.

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Atual localização do corpo

Quanto à localização atual do animal, a coordenadora do PMP-SC mencionou que ela pode continuar se movendo em direção ao Sul, possivelmente permanecendo no fundo do mar e emergindo em alguma praia próxima do Sul da Capital.

A raridade da situação se deve ao fato de que essas espécies oceânicas raramente se aproximam da costa, pois normalmente vivem em águas profundas, o que sugere que a baleia estava, de fato, enfrentando problemas de saúde.

Com informações ND+