Segurança

Segue em andamento júri popular de jovem acusado de matar rapaz de 27 anos em Orleans

Atualizada às 19h58min

Jovem é condenado por matar rapaz com golpes de faca em Orleans

Atualizada às 17h58min

Os advogados de defesa do acusado reforçaram as suas falas na primeira participação. “Eu continuo dizendo aos senhores que no caso de dúvida, não condenem o réu. Quem estava lá no momento do fato, eram apenas os dois envolvidos. O rapaz não era ‘santo’ e pressionou o outro para que o levasse para comprar drogas. Ocorreu uma discussão e arma foi sacada pela vítima. O crime foi sim, em legítima defesa”, relatou o advogado.

Finalizadas as falas, aguardasse apenas as votações dos sete jurados. A votação está acontecendo em uma sala secreta, tendo em vista que não é uma votação aberta. Em seguida, com a votação em mãos, a sentença será lida pela juíza.

Atualizada às 17h06min

Utilizando o seu tempo de uma hora para a réplica, a promotora Lara Zappeline Souza rebateu as insinuações dos advogados de defesa do réu. De acordo com a promotora, o crime a ser julgado no momento seria sobre o homicídio cometido, e não, a índole dos dois envolvidos. “Não estamos aqui para falar sobre a vida de nenhum dos dois. Queremos mostrar que caso fosse realmente legítima defesa, estaria a troca de agressões entre os dois. O réu não teve nenhum ferimento. A vítima estava embriagada e com suas ações prejudicadas. Portanto, não era necessário ir até o fim. Ele atingiu com diversas facadas áreas vitais do corpo de Maicon. Não foi um descuido”, ressaltou a promotora.

No final do seu esclarecimento, a doutora solicitou aos jurados que refletissem sobre o fato, analisando a gravidade do caso.

Durante todo o júri, o réu permaneceu de cabeça baixa. Os sete jurados são todos moradores da cidade de Orleans.

Às 16h34min foi dado inicio a tréplica. Os advogados terão uma hora para a conclusão em defesa do acusado.

Atualizada às 15h22min

Já se passaram quatro horas desde o início do júri popular do homem de 27 anos que matou outro homem com golpes de facas, em junho de 2009. Com o retorno aos trabalhos, está sendo a vez dos advogados de defesa do acusado. Por aproximadamente uma hora, doutor Mário Côrrea, defendeu a legítima defesa ao jovem. Em um de seus comentários, o advogado relatou que Maicon teria pressionado o rapaz a seguir até Tubarão para comprar drogas. “Esse foi um convite para cometer um crime. Após isso, ninguém mais viu o que aconteceu, afinal de contas estavam apenas os dois em um local ermo” apontou Côrrea.

O advogado ainda informou que não se pode julgar o crime simplesmente pelo número de golpes desferidos contra a vítima. “Na dúvida não se pode condenar. E quantas pessoas já morreram por dar uma carona. A vida é um bem supremo que ninguém tem o direito de tirá-la. E ele defendeu a sua vida”, disse.

Neste momento, o segundo advogado de defesa, Felipe Côrrea fala em defesa do réu.

Atualizada às 13h55min

Um intervalo de aproximadamente duas horas foi realizado pela Juíza Fabiane Alice Müller Heizen, durante o júri popular que acontece em Orleans nesta quarta-feira. Pela manhã o acusado pelo crime respondeu a diversas perguntas da juíza e da promotora Lara Zappeline Souza. Em seguida a promotora iniciou sua tese em desfavor do réu, utilizando alguns autos colhidos durante as investigações e depoimentos sobre o crime, além de uma gravação audiovisual de uma testemunha. No vídeo, um primo do réu informou sobre momentos antes do fato ocorrer. Segundo o rapaz, os dois estariam em posto de combustíveis de Orleans, quando a vítima pediu uma carona até Tubarão na intenção de comprar drogas. Antes disso, os dois envolvidos no crime teriam trocado ofensas no pátio do posto. Em seguida, o réu teria voltado ao posto chorando e relatando o que teria acontecido.

Imagens feitas pelos peritos no dia do ocorrência foram mostradas. Por meio das fotos foi possível visualizar os pontos de perfuração no corpo de Maicon Valério Marcílio. As 36 facadas atingiram grande parte do peitoral, braços e rosto. Durante a apresentação das imagens, alguns familiares da vítima ficaram chocados.

Diante dos fatos, ao finalizar sua apresentação, a promotora pediu a condenação do réu como sendo homicídio qualificado. “Foi um ato de crueldade. Existem dentro da lei, meios necessários para que o crime seja tido como legítima defesa. O réu não teve nenhum ferimento. Não foi agredido. E mesmo assim, perfurou Maicon mais de 30 vezes”, declarou a promotora. Ainda em sua tese, a promotora utilizou um alvo de papelão, como sendo a vítima e com uma caneta demonstrou a quantidade de facadas desferidas contra Maicon. A faca usada no crime não foi encontrada.

O júri popular retornou às 14 horas. Agora é a vez dos advogados de defesa do réu. Eles terão um tempo de uma hora e trinta minutos para defender o acusado, podendo haver réplica ainda durante o júri.

Texto publicado às 11h38min

Iniciou às 9h30min desta quarta-feira (10) , na Câmara de Vereadores de Orleans, o júri popular contra o jovem de 26 anos, acusado de assassinar com mais de 30 facadas, um rapaz de 27 anos, na Estrada Geral de Pindotiba, em junho de 2009. Neste momento, cerca de 50 pessoas acompanham o julgamento, entre elas familiares, acadêmicos do curso de Direito do Unibave e a população em geral.

O júri está sendo presidido pela juíza Fabiane Alice Müller Heizen. Por volta das 10 horas a promotora da Comarca de Orleans, Lara Zappeline Souza iniciou um extenso interrogatório ao réu. Durante os questionamentos, o homem confessou ter cometido outros crimes como furto de veículo e furto em estabelecimento comercial. Por estes atos, ele responde em liberdade com pagamento de cestas básicas.

Não há previsão do horário que o júri será encerrado. Ao meio-dia o júri terá pausa, retornando na primeira hora da tarde.

Saiba mais

O caso que abalou o município foi registrado em junho de 2009, na Estrada Geral de Pindotiba, margem direita do Rio Tubarão. A vítima, Maicon Valério Marcílio teria sofrido 36 golpes de faca que atingiram as regiões do tórax e abdômen. Devido a gravidade do crime, o corpo do jovem ficou praticamente desfigurado, sendo reconhecido por familiares no Instituto Médico Legal – IML.

Atualmente, o acusado reside na cidade de São Joaquim e responde em liberdade. Logo após o crime, ele teria ficado preso por aproximadamente três meses.

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