Segurança

Segurança pública é discutida entre vereadores e polícias civil e militar

O trabalho das Polícias Civil e Militar foi assunto discutido na sessão ordinária de ontem (12) durante Tribuna Livre, com as presenças do Delegado Regional Jorge Koch e o tenente-coronel Márcio Cabral, comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar. Eles vieram ao legislativo atendendo requerimento do vereador Pastor Jevis (PDT), aprovado por unanimidade, pelos parlamentares na sessão da última semana.

O primeiro a falar foi o delegado Jorge Koch que abordou o número de delegacias e suas funções. “Trabalhamos com 50% do efetivo que deveria existir. Temos 80 policiais. Acho que fazemos muito, já que a demanda social é grande. Estamos atentos e somos cobrados diariamente. No Balneário Rincão são três policiais, em uma cidade com quase 12 mil habitantes”, destacou.

O delegado falou ainda da questão do salarial, já que há um desestímulo por parte dos policiais, que conforme ele, ganham em média 2,5 mil por mês (para o iniciante de carreira). “Em relação aos ataques registrados em novembro e fevereiro na cidade, cinco atentados estão ligados ao PGC. O trabalho foi muito bom da policia militar e civil. Prendemos todos os nove que estavam diretamente ligados aos atentados”, ressaltou.

O tenente-coronel, Márcio Cabral, abordou a área de atuação, que são cinco municípios, os números de homicídios, furtos, efetivos, entre outros. “A Polícia Militar tem oficial de plantão 24 horas. Hoje conseguimos atender todas as ocorrências e temos quatro Conselhos Comunitários de Segurança (Consegs), nos Bairros Santa Luzia, Rio Maina, Centro e Pinheirinho. Temos também uma corregedoria com oficial formado em direito”, enfatizou, acrescentando que em fevereiro, após os atentados, a PM fez 3, 2 mil escoltas em ônibus.

Ele também abordou o diagnóstico dos crimes em Criciúma. “Tivemos redução na maior parte dos crimes”, disse. Cabral alertou quanto às novas ocorrências que estão surgindo, como furtos em edifício.  “Já observamos e vamos começar a discutir esta questão, principalmente, no número de moradores de ruas que aumentou e de residências abandonadas. Está aumentando o número de moradores de ruas com uso de crack e com ficha extensa em passagem policial”, argumentou.

Ele também falou de projetos para 2013, como aquisição de seis viaturas, 16 novas armas, de 40 coletes balísticos, intensificação do projeto de restabelecimento da ordem nas áreas de vulnerabilidade e efetivação de uma nova escola de soldados, feita em Criciúma, com até 50 policiais militares. Eles também responderam perguntas dos vereadores.

Números de 2011 e 2012

Lesão corporal – 49 (2011) e 42 (2012)
Ameaça – 1.544 (2011) e 845 (2012)
Vias de fato – 2.013 (2011) e 1.094 (2012)
Perturbação de sossego – 3.868 (2011) e 2.242 (2012)
Presos por tráfico de drogas – 207 (2011) e 241 (2012)
Apreensão por porte de armas – 95 (2011) e 115 (2012)
Furto – 3.044 (2011) e 2.144 (2012)
Roubo/Assalto – 592 (2011) e 388 (2012)
Homicídio – 36 (2011)  e 47 (2012)
Tentativa de homicídio – 66 (2011) e 92 (2012)

Daniela Savi/Imprensa Câmara de Vereadores de Criciúma