Saúde

Sem salários de dezembro, funcionários deflagram greve na Fundação Hospitalar Santa Otília em Orleans

Foto: Ketully Beltrame / Sul in Foco

Foto: Ketully Beltrame / Sul in Foco

Aproximadamente 60 funcionários da Fundação Hospitalar Santa Otília – FHSO, em Orleans, decidiram, durante assembleia realizada nesta quarta-feira (1º), entrar em greve a partir da próxima semana.

O motivo é o atraso no pagamento do salário de dezembro, ainda pendente. A decisão foi tomada após os funcionários do Hospital Santa Teresinha, de Braço do Norte, conseguirem o pagamento de salário também atrasado.

“Os trabalhadores relataram que a prefeitura realizaria o repasse do recurso financeiro para o pagamento. Foi realizado uma assebleia nesta quarta-feira e foi dado um prazo até domingo. Se o pagamento não fosse realizado, a 0 hora de segunda-feira a greve seria iniciada”, relata o dirigente sindical do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde de Tubarão e Região, Varlei Bittencourt.

Segundo o sindicato, a administração da fundação e a Prefeitura de Orleans já foram notificadas. Caso a greve se confirme, os trabalhadores deverão manter pelo menos 30% das atividades e atender casos de urgência de emergência.

Governo Municipal agiliza repasse em atraso

O vice-prefeito e secretário de Administração e Finanças de Orleans, Mário Coan, afirma que o dinheiro está na conta para o repasse em atraso à fundação hospitalar. Contudo, o convênio está irregular. “Criaremos um Projeto de Lei para regularizar a situação do repasse financeiro à fundação hospitalar, que deverá entrar em votação ainda na próxima segunda-feira, durante sessão da Câmara de Vereadores. Assim que aprovado, no dia seguinte, publica-se a lei e o dinheiro está liberado”.

Segundo Mário Coan, com a passagem de governo e o recesso parlamentar, os administradores do hospital teriam que ficar atentos. “Deveriam ter feito o contrato administrativo e o convênio no ano passado para entrar em vigor agora. Como eles não fizeram e nós assumimos, não tem como aprovar o repasse. Eu pedi a nota fiscal no dia 31, fui verificar a legalidade e não estava correto. É crime. O hospital que tenha bom senso de entender. Eles também não estavam corretos e nós estamos regularizando”, destaca.

A reportagem tentou contato com os responsáveis pela administração da FHSO. Porém, sem sucesso.

Gasto elevado

O vice-prefeito e secretário afirma que, com a mudança na gestão da fundação hospitalar em breve, o custo deverá baixar. “Nós esperamos que a situação melhore. Por volta de R$ 167 mil por mês é um montante relevante para manter internação, sobreaviso, plantão e incentivo. A prefeitura repassa, atualmente, R$ 75 mil referente à manutenção do plantão, que é o valor no qual falta a autorização da Câmara de Vereadores para pagar”, conclui.