Foto: Divulgação / DS
É consenso entre os economistas que o setor de construção é um termômetro para a economia. Quando este segmento entra em crise, ele reflete um período de pouco desenvolvimento e com muitos empregos perdidos.
A retomada do crescimento no setor normalmente sinaliza uma recuperação na economia de uma região. Acreditando em medidas de estímulo ao crédito imobiliário e outros fatores, as empresas do segmento preveem melhorias em 2017.
No Sul de Santa Catarina, o tom do setor é otimista, acreditando em um ano de recuperação das perdas de 2016. Com a retomada, ainda que tímida, do crescimento econômico, as construtoras vêm se preparando para aproveitar aquele que pode se mostrar um ano cheio de oportunidades.
O governo federal já anunciou medidas para estimular o crédito imobiliário, e isso impactará positivamente o Sul de Santa Catarina, principalmente nas regiões em desenvolvimento, segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Sul Catarinense – Sinduscon. Conforme a entidade, as medidas adotadas pelo governo federal são essenciais para que o Brasil consiga superar o momento de crise e volte a oferecer oportunidades de crescimento.
Uma empresa da região que está atenta aos nichos do mercado imobiliário é a construtora de Tubarão Athena Construções. A companhia projeta novidades para o ano de retomada e tem boas expectativas para 2017.
“O fim do ano de 2016 já se mostrou mais ativo economicamente, e 2017 começou com essa mesma característica, com juros em queda e inflação controlada, por isso estamos muito otimistas”, destaca o diretor de operações Edson Martins Antônio.
A aposta é no público que busca a casa própria com pagamento facilitado. “Hoje o consumidor busca por viver com segurança, onde haja lazer para a família sem sair de casa, com conforto e qualidade. A Athena Construções oferece muitas oportunidades com esse perfil”, finaliza Edson.
Ano amargo
Depois do “boom” imobiliário que imperou por alguns anos em Tubarão e região, 2016 foi o momento de o setor de construção amargar um ano difícil. A tradução da queda no setor se dá nos dados de emprego do ano que passou.
Em 2016, o setor de construção civil foi o que apresentou a segunda maior queda nos empregos com carteira assinada, ficando atrás apenas da indústria de transformação e fechando 355 vagas, conforme dados do Ministério do Trabalho e Emprego.
Os números vinham se mantendo positivos, ainda que em uma proporção bem menor que nos anos de prosperidade do mercado imobiliário, até setembro, quando as dificuldades do ano se refletiram em mais demissões do que contratações no setor. O mês de dezembro de 2016 teve 111 vagas fechadas só na construção civil.
Ainda assim, o dado significou uma melhora sobre dezembro de 2015, quando foram 155 demissões a mais que admissões. O que se espera nos próximos meses é que a retomada do otimismo no setor se traduza também em recuperação nos empregos, refletindo na economia da região como um todo.
Com informações do Jornal Diário do Sul