Saúde

SPDM anuncia contingenciamento no Hospital Regional de Araranguá

Administradora da instituição reclama de falta de resposta do Governo do Estado quanto ao aumento de verba.

Araranguá SPDM anuncia contingenciamento no hospital

Foto: Francis Leny / Arquivo DN

A Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina – SPDM, gestora do Hospital Regional de Araranguá – HRA, emitiu comunicado nesta sexta-feira (24), orientando que, a partir de segunda-feira (27), a população passe a procurar as Unidades Básicas de Saúde – UBS e Unidades de Pronto Atendimento de Araranguá e Região para casos de menor complexidade.

A justificativa é de que o Governo do Estado não tem dado resposta ao pedido da instituição para reajuste de valores nos contratos de gestão. “Em virtude das inúmeras tentativas frustradas de negociação da SPDM com o Governo de Santa Catarina, através da Secretaria de Estado da Saúde, sobre a necessidade de reequilíbrio dos Contratos de Gestão do Hospital Regional de Araranguá e do Hospital Florianópolis, essas unidades estão enfrentando sérias dificuldades na operação, que têm gerado desabastecimento (falta de insumos básicos, materiais e medicamentos)”, coloca a SPDM, em nota à população.

Dissídios coletivos

A Organização Social – OS gestora também ressalta que mesmo com o desequilíbrio orçamentário, ao longo do contrato, absorveu dissídios coletivos das categorias profissionais e reajustes inflacionários decorrentes dos contratos de prestação de serviços e compra de insumos, sem reduzir serviços ou deixar a população desassistida.

“Entretanto, o não cumprimento do Cronograma Mensal de Desembolso, os atrasos e fracionamentos nos repasses acarretaram atrasos de pagamento a fornecedores, com multas e juros, levando ao inevitável desequilíbrio financeiro e consequente desabastecimento. Essa situação nos obriga a contingenciar os atendimentos no Hospital Regional de Araranguá e no Hospital Florianópolis, com o objetivo de preservar a assistência aos pacientes internados e aos casos de urgência e emergência”, finaliza a superintendência da instituição.

Estado encaminha rompimento

No início do mês, o secretário de Estado da Saúde, Vicente Caropreso, anunciou para uma comitiva de prefeitos do Vale do Araranguá que vai romper o contrato com a SPDM para o HRA, dizendo que o governo não tem dívidas com a OS, mas que, mesmo assim, chegaram a ser suspensas parcialmente as cirurgias eletivas e atendimentos de especialidades.

A SPDM, por sua vez, alegou que os repasses financeiros feitos pelo Estado são insuficientes para comportar toda a demanda de atendimentos. O Estado já está elaborando chamamento público para escolha de uma nova OS. A mesma também vai gerir a Policlínica, que passará a funcionar anexa ao hospital.

Atualmente o Estado repassa em média R$ 3,5 milhões por mês para a SPDM gerir o HRA, sendo que a instituição diz serem necessários pelo menos mais R$ 700 mil por mês. O Contrato de Gestão do HRA foi assinado no dia 24 de maio de 2013, estando vigente até o dia 23 de maio de 2018.

Com informações do Portal DN Sul

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