Economia

Suinocultura: governo deverá subsidiar insumos

Uma resposta do que será feito exatamente será dada em até três semanas

Uma resposta do governo federal é esperada para, no máximo, três semanas no intuito de amenizar a crise que afeta a avicultura, a suinocultura e a bovinocultura. O tempo foi estipulado durante reunião em Brasília, com participação de representantes das cadeias produtivas, da Conab, e dos ministérios da Agricultura e da Fazenda.

O governo estuda subsidiar R$ 5,00 por cada saca de milho ou comprar 400 mil toneladas de milho e disponibilizar com desconto – paga em torno de R$ 30,00 a saca e vende a R$ 25,00. O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio de Lorenzi, acompanha de perto toda a negociação entre o poder público e os “consumidores de grãos”, já que as condições climáticas castigaram as plantações de milho de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e também norte-americana.

“Levantamos na reunião a situação da crise de carnes. O número de animais morrendo em Santa Catarina por causa da falta de alimentos é muito grande”, lamenta. Losivanio admite que muitos suinocultores têm abandonado a atividade, principalmente os independente e integradores. Mesmo assim, ainda tem esperança. Acredita em uma melhora a partir do segundo semestre do próximo ano.

Para ele, a solução é manter o plantel. “Não é hora de crescer. Temos que baratear o custo de produção. Ainda devemos ter um primeiro semestre difícil, mas um segundo promissor”, avalia o presidente da ACCS.

Interferência do estado pode auxiliar

O reconhecimento pelo Japão da carne suína de Santa Catarina como livre de febre aftosa também gera expectativas no setor. Na visão do presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio de Lorenzi, este deve ser um fator determinante para que o próximo ano seja promissor no sentido de amenizar a crise e evitar a falência e desistência dos produtores.

A interferência do governo do estado também é vista como essencial para a reversão do atual quadro. “Vamos tentar que o governo do estado consiga uma brecha na agenda da presidenta Dilma (Rousseff). O governo tem que bater mais forte aqui, até pelas questões sanitárias que Santa Catarina conquistou”, analisa.

A crise na suinocultura já dura cerca de dois anos, e agravou-se nos últimos meses, com as dificuldades para comprar milho. O resultado é um aumento no custo de produção. A situação é tão preocupante que as prefeituras de Braço do Norte e Grão-Pará, com grande participação na produção estadual, decretaram situação de emergência em julho.

Notisul