Saúde

Surto de impetigo: escolas serão fechadas para desinfecção em Imaruí

São 50 casos confirmados. Em uma única escola, 44 crianças contraíram a infecção.

Foto: Divulgação/Notisul

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Há duas semanas começaram a aparecer em Imaruí crianças com impetigo – uma infecção na pele, que atinge os pequenos em idade pré-escolar e escolar. Os números de casos cresceram bruscamente. Somente no Centro de Educação Infantil – CEI Carlos Gomes, que atende 200 crianças, 44 foram acometidas pela doença. O CEI está fechado desde segunda-feira. Hoje, a Escola de Ensino Fundamental Prefeito Portinho Bittencourt, com 550 alunos, fecha as portas e, a partir de segunda-feira, toda a rede municipal de ensino – nove escolas – ficará sem aulas para as escolas e transportes serem desinfectados. Cerca de 1,2 mil alunos ficarão em casa.

A medida, conforme o clínico geral Airto Aurino Fernandes – que também é o diretor clínico do Hospital São João Batista – é necessária para quebrar a corrente de infecção. "Conversamos com os diretores das escolas, representantes da secretaria de saúde e promotoria pública. Precisamos romper o ciclo natural da doença, por isso as escolas serão fechadas", explica. Até ontem, 50 casos foram notificados, inclusive em adultos. O período de incubação varia de quatro a 10 dias, fase em que o paciente pode transmitir a doença, apesar de não apresentar nenhum sinal visível da infecção.

A coordenadora pedagógica da secretaria de educação, Vanderléia Mattos, afirma que esta semana sem aulas será recuperada nas férias de julho. "Ao invés de duas semanas de recesso em julho, os alunos terão uma. As escolas reabrem no próximo dia 25.

O que é impetigo?

É uma infecção cutânea, altamente contagiosa, causada por duas diferentes bactérias: o staphylococcus aureus, um germe gram-positiva, com o formato aproximado de um cacho de uva, que pode formar colônias na pele e nas narinas de pessoas saudáveis, e o streptococcus pyogenes (estreptococos beta-hemolíticos do grupo A) que habita normalmente na pele, boca e trato respiratório superior.

De maneira geral, essas bactérias não fazem mal nenhum. No entanto, uma queda no sistema de defesa do organismo, um ferimento superficial na pele (um pequeno corte, um arranhão, a picada de um inseto) ou mesmo lesões provocadas por outras doenças de pele, que possam servir de porta de entrada para o micróbio, são fatores favoráveis para a manifestação da doença.

Embora possa acometer pessoas de qualquer idade, o impetigo é mais comum em crianças entre 2 e 6 anos, especialmente nos meses mais quentes e úmidos do ano e em ambientes com condições de higiene precárias.

O contágio pode ocorrer por meio do contato direto com as feridas ou com gotículas da secreção nasal das pessoas infectadas ou, ainda, por objetos contaminados (roupas pessoais, de cama, de banho, brinquedos, etc.). 

Tratamento

O tratamento do impetigo deve começar tão logo seja feito o diagnóstico da doença ou, no máximo, 48 horas depois do aparecimento dos primeiros sintomas para evitar complicações. Ele inclui a indicação de antibióticos por via oral ou em forma de cremes e pomadas de uso tópico, isto é, aplicados diretamente sobre as lesões cutâneas, depois que as crostas foram amolecidas com água morna e retiradas.

Mesmo que os sintomas tenham melhorado com as primeiras doses ou aplicações do antibiótico, é fundamental que seu uso seja mantido nos horários e prazo prescritos pelo médico para evitar que as bactérias desenvolvam resistência aos remédios.

Os cuidados com a higiene pessoal e com a área infectada, somados ao tratamento medicamentoso, além de acelerar o processo de cura, são medidas fundamentais para reduzir os casos de contágio e possíveis recidivas da doença.

Com informações do site Notisul