Segurança

Três cidades estão no alvo para receber complexo prisional

Com a acirrada briga entre o Estado e as lideranças de Imaruí sobre a construção da penitenciária no município, outras três cidades já estariam na lista para, possivelmente, receberem o complexo prisional. Uma seria Paulo Lopes e a outra, Pescaria Brava. A terceira seria na região da Grande Florianópolis.

Em Imaruí, os moradores fizeram manifestações contra a construção. O ex-prefeito, que era a favor perdeu, as eleições e ao atual está com a maioria da população. Com diversas ações judiciais, mesmo que o governo do Estado insista no município, perderá um bom tempo nesta batalha.

Como o sistema prisional é uma bomba-relógio e não há tempo a perder, Raimundo Colombo estaria tratando pessoalmente das negociações. Paulo Lopes é a principal aposta entre as três cidades para receber a penitenciária que funciona atualmente no município de São Pedro de Alcântara. Mas Pescaria Brava não é descartada.

A assessoria de imprensa não divulga nenhuma informação, apenas que o governo busca uma cidade. O sigilo é exatamente para que não aconteça o mesmo que foi registrado em Imaruí e se inicie uma nova briga na Justiça.

Versão do prefeito de Pescaria Brava

Não é a primeira vez que boatos apontam Pescaria Brava como um dos municípios que podem receber a penitenciária. No início deste mês, o Diário do Sul publicou uma matéria exclusiva em que o prefeito Antônio Honorato negou qualquer negociação com o governo do Estado. Ontem, ele voltou a ser procurado, mas não foi localizado.

Na época, Antônio contou que já havia estado três vezes com o governador Raimundo Colombo e em nenhuma delas conversou oficialmente sobre a instalação da penitenciária em Pescaria Brava. “Não tratamos a respeito da penitenciária, apenas em conversas informais falamos sobre a situação em Imaruí. Não ocorreu o convite por parte do governador e nem nós oferecemos. Mas vejo isso como algo bom”, aponta.

Apesar de o prefeito ter afirmado que não havia nada oficial, ele declarou como iria agir, caso isso venha a acontecer. “Não posso dizer que esse convite nunca irá acontecer, mas caso seja feito, não vou impor nada aos moradores da cidade. Nasci em Pescaria Brava e sou morador daqui. Não quero nada que seja ruim para mim, para os meus filhos e para os meus netos. Para tomar uma decisão dessas, é preciso realizar audiência pública em todas as comunidades, discutir com as lideranças e agir com transparência”, adianta Honorato.