Educação

Três escolas municipais de Urussanga correm o risco de fechar as portas em 2014

Prefeitura municipal realiza campanha de conscientização da população para que atitude não precise ser tomada

Três escolas municipais de Urussanga correm o risco de fechar as portas a partir de 2014. As escolas Ernesto César Mariot, Rosalino Damiani e Rio Caeté, segundo reportagem do site Engeplus,  registraram um baixo número de matrículas no início deste ano e por isso a inviabilidade de manutenção dos locais acabou crescendo. A secretária de Educação do município, Brígida Mariot, explica que atualmente algumas turmas têm apenas cinco alunos em sala de aula. “A orientação que temos é que existam, em sala de aula, para que a escola seja viável, 15 alunos. Existe o professor, a merenda, o transporte e outros fatores importantes para o funcionamento”, avalia.

Nessa segunda-feira as direções das escolas realizaram uma reunião com os pais dos alunos matriculados, alertando para o fato de que, se a situação não fosse melhor para o próximo ano, não seria possível continuar em funcionamento. Com isso, os pais decidiram fazer, junto com as direções, campanhas de conscientização na cidade.

A mãe de um estudante da escola Rosalino Damiani, Jéssica Fernandes, é uma das pessoas que passará na casa de outros pais pedindo que os filhos voltem às escolas municipais. “Eu moro no interior da cidade e essa é a escola mais perto de casa. Se ela fechar, não terei condição de levar meu filho – que está no maternal – até outra escola todos os dias. Por isso vamos visitar quem mora nos bairros próximos das escolas, pedindo para que os filhos retornem às escolas", explica Jéssica.

Segundo a mãe, a maior dificuldade se dá porque atualmente as escolas municipais têm turmas até o 5º ano. Depois disso, os alunos precisam ser transferidos para escolas que possuam turmas até o Ensino Médio. “Com isso, os pais preferem matricular desde cedo o filho em uma escola onde ele passará a vida escolar toda”, pondera Jéssica.

A secretária garante que em 2013 as escolas municipais funcionarão normalmente e que durante todo o ano equipes realizarão campanhas de convencimento e conscientização, apresentando a problemática às comunidades. “A única hipótese viável atualmente seria trabalhar com um professor dando aula para duas turmas ao mesmo tempo. Eu, como educadora, não defendo isso, pois seria retroceder 20 anos no processo de educação. Por isso, o risco de fecharmos as portas existe”, salienta Brígida.