Saúde

Vacinas: estado está desabastecido há dois meses

Além disso, nos meses anteriores o quantitativo enviado não alcançou a total necessidade.

Foto: Divulgação/Notisul

Foto: Divulgação/Notisul

Complicações no Programa Nacional de Imunizações do governo federal, que faz a distribuição dos imunobiológicos em todo o país, têm gerado transtornos em Santa Catarina e, consequentemente, nos municípios da Amurel.

A distribuição, em especial das vacinas contra a hepatite A, hepatite B, Tetraviral, que oferece proteção contra sarampo, rubéola, caxumba e varicela (catapora), e varicela monovalente, que protege contra catapora, está irregular em vários municípios. Tubarão, Capivari de Baixo, Jaguaruna, Sangão, Pedras Grandes, Treze de Maio e Gravatal são alguns. Na Cidade Azul, além dessas, faltam as doses de DT-Tétano, BCG e tuberculose.

Conforme a chefe de Divisão de Imunização da Diretoria de Vigilância Epidemiológica – Dive/SC, Luciana Amorim, o estado está há pelo menos dois meses sem receber dose dessas vacinas e, além disso, nos meses anteriores o quantitativo enviado não alcançou a total necessidade.

A vacina dupla adulto dT, que previne contra difteria e tétano, será encaminhada esta semana pela Dive/SC para as gerências regionais de saúde para abastecimento dos municípios. Porém, a quantidade enviada não deverá ser suficiente para suprir a demanda.

Orientações da 20ª Regional de Saúde

Conforme a responsável pela imunização na 20ª Regional de Saúde, a orientação é atentar para as populações a serem priorizadas para as vacinas que estão com seus estoques reduzidos. “Enquanto for possível utilizaremos o remanejamento de estoque e orientaremos para que as crianças que não puderem receber a vacina pela falta da mesma sejam registradas para realizar a busca quando os estoques normalizarem. Elas terão o seu direito garantido mesmo que ultrapassem a faixa etária recomendada nesse período. Exemplo, uma criança de 1 ano que completa 2 anos durante o desabastecimento poderá receber a hepatite A e a tetraviral”, salienta.

Para os municípios que ainda dispõem de doses da vacina contra a hepatite B, a orientação é que seja priorizada a imunização de recém-nascidos, de pessoas que tenham sofrido acidentes com materiais perfurocortantes ou que tenham sofrido violência sexual e contatos de pessoas portadoras do vírus da hepatite B.

Problema do desabastecimento é nacional

Em relação à distribuição de rotina do mês de dezembro, o Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde encaminhou nota que informa a situação sobre as vacinas.

Hepatite A –  não houve envio devido à indisponibilidade de estoque. As cargas de vacina recebidas no final de novembro aguardavam o processo de desembaraço alfandegário e análise do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) para posterior envio aos estados;

Hepatite B – não houve envio aos estados pela indisponibilidade de estoque e ao atraso na entrega pelo Instituto Butantan desde o mês de agosto, totalizando 17 milhões de doses. Aguarda-se posição do laboratório;

Dupla adulto dT – quantitativo reduzido devido à baixa disponibilidade em estoque. Cerca de 20 milhões de doses chegaram ao país no mês de novembro e passavam por desembaraço alfandegário, liberação do termo de guarda e posterior análise pelo INCQS para posterior distribuição aos estados.

Tetraviral e varicela monovalente – não houve envio aos estados pela indisponibilidade de estoque. Doses da vacina varicela monovalente aguardam trâmites administrativos para posterior análise do INCQS, para então serem distribuídas aos estados.

Com informações do site Notisul