Política

Vereador “Maneca” é cassado em Lauro Müller

Maneca foi acusado pelo Ministério Público Eleitoral por captação ilícita de sufrágio

Manoel Jades Izidorio, o Maneca (PMDB), eleito vereador no pleito de 2012, teve seu diploma eleitoral cassado pela juíza Fabiane Alice Müller Heinzen e deve deixar o cargo assumido no início deste ano.

A decisão proferida na semana passada acolheu denúncia do Ministério Público Eleitoral acusando o vereador de captação ilícita de sufrágio.

De acordo com a ação o vereador teria se utilizado de sua influência política para conseguir um exame de cateterismo, além medicamentos e cirurgias vasculares que eram oferecidos em troca de votos.

Na sentença da magistrada, além da cassação do diploma ela condena o vereador ao pagamento de multa no valor R$ 5.320,50 e decreta a inelegibilidade de Maneca por oito anos.

A juíza determinou também que a Câmara de Vereadores de Lauro Müller seja notificada a respeito da sentença para que convoque o respectivo suplente de vereador da coligação pela qual foi eleito Maneca, para assumir o cargo de vereador agora vago. Neste caso o suplente Everaldo Ferreira da Silva (PMDB) já está ocupando a vaga, pois Maneca estava de licença médica.

A decisão cabe recurso no TRE/SC. O vereador deve se manifestar em breve sobre a decisão da justiça.

Sexto mandato consecutivo

Manoel Jades Izidorio, o Maneca, como é conhecido, iria completar ao final desta legislatura, em 2016, 24 anos de atuação parlamentar no Poder Legislativo lauromüllense.

Maneca ingressou muito jovem na vida política. Em 1992 disputou sua primeira eleição para vereador e recebeu 160 votos. Não se elegeu, mas ficou como primeiro suplente e no ano da posse, 1993, em razão da renuncia de Igino Delfino Antunes, logo após ter assumido a Câmara, Maneca passou a ocupar a cadeira como titular até o final daquele mandato.

Depois vieram as eleições de 1996 (343 votos), 2000 (343 votos), 2004 (466 votos), 2008 (481 votos) e em 2012 recebeu 640 votos, sendo o vereador mais bem votado do pleito.