Geral

Vigilância Sanitária interdita Casa de Repouso Vó Marina

No local foram verificadas irregularidades no funcionamento da casa. Prazo para realocar os idosos termina na próxima sexta-feira (19)

Foto: Divulgação / Portal Satc

Foto: Divulgação / Portal Satc

A Vigilância Sanitária, atendendo uma recomendação da Promotoria  de Justiça da Comarca de Criciúma, realizou uma vistoria na Casa de Repouso Vó Marina no último sábado (13). O asilo, localizado no bairro Santa Luzia, foi alvo de denúncias que envolvem a anormalidade do atendimento e nos serviços prestados.

Na vistoria foram confirmadas as graves denúncias de irregularidades, o que levou a interdição da instituição. Foi concedido um período para que os responsáveis pelo asilo encaminhem os idosos para os seus respectivos responsáveis ou para a realocação em outras instituições do município. As mudanças devem ser registradas por escrito e feitas até a próxima sexta-feira (19).

Os problemas higiênicos, físicos e sanitários na instituição são recorrentes, sendo que em 2008 a casa já tinha sido interditada pelo mesmo motivo.

Segundo Andréia Bertoncini, coordenadora da Vigilância Sanitária, a instituição iniciou as atividades em 2007 clandestinamente. "A negligência com os idosos nessa casa é grave. Inspeções anuais são realizadas desde que abriram o Asilo Vó Marina e sempre constatamos problemas com a higiene", explica Andréia. Autos de intimação e infração têm sido lavrados em todas as denúncias que foram verificadas. "Nós determinamos um prazo para que tomassem providências cabíveis, eles até atendem as medidas, mas voltam a praticar os atos de negligência", enfatiza Andréia.

Relatório será encaminhado ao Ministério Público

Além dos problemas na higiene, a casa também não prestou o atendimento correto em duas quedas sofridas por uma idosa. Fiscais da própria Vigilância Sanitária da cidade registraram um boletim de ocorrência, pois não foram dados os encaminhamentos necessários para o SAMU ou Pronto Socorro. Um relatório circunstanciado está sendo preparado para ser encaminhado ao Ministério Público, já que a casa funciona prestando seus serviços de forma privada. A remuneração é feita pelos idosos

O Centro de Referência Especializado de Assistência Social – Creas foi informado sobre os fatos para que faça o acompanhamento das realocações dos idosos."Em reunião com a equipe da casa nós nos colocamos a disposição para melhorar a questão do funcionamento.  Atuamos como órgão de defesa do idoso e já sugerimos fazer capacitações com os funcionários sobre como lidar com os idosos e dos seus respectivos direitos", fala Mariane Peruchi, coordenadora de proteção especial. Os familiares serão chamados para ver se é possível a realocação com parentes até que a casa esteja de acordo com as normas. Os idosos que não puderem ficar com familiares serão transferidos para outras instituições.

Colaboração: Susane Meireles / Diretoria Executiva de Comunicação de Criciúma