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Violência doméstica e sexual infanto-juvenil é debatida em seminário

Mais de 80 profissionais da rede sócio-assistencial de Criciúma estiveram presentes no 3° Seminário sobre Enfrentamento à Violência e Exploração Sexual infanto-juvenil, realizado pelo Centro Especializado em Assistência Social de Criciúma (Creas) na tarde dessa terça-feira (14), na sede da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec). O evento foi realizado em alusão ao dia 18 de maio “Dia Nacional de Combate ao Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes”.

Para a secretária do Sistema Social, Solange Barp, a capacitação irá auxiliar profissionais na descoberta de problemas. “Precisamos que todos estejam atentos aos casos que acontecem. Não podemos deixar passar despercebido. Esse trabalho veio para que os trabalhadores da rede sócio-assistencial consigam identificar e minimizar o sofrimento dessas pessoas. A secretaria estáà disposição de todos para ajudar a lidar com esta situação, que é sempre muito difícil”, declara Solange.

Dia 18 de maio foi instituído pela Lei Federal 9.970/00, porque nesta data, no ano de 1973, na cidade de Vitória (ES), um crime bárbaro chocou todo o país e ficou conhecido como o “Caso Araceli”. Esse era o nome de uma menina de oito anosde idade, que teve todos os seus direitos humanos violados, foi raptada, estuprada e morta por jovens de classe média alta daquela cidade. O crime apesar da sua natureza hedionda, até hoje está impune.

De acordo com a coordenadora do Creas, Andrea Vieira da Silva, a proximidade entre agressor e abusado faz com que muitos casos não sejam denunciados. “Hoje é um dia extremamente importante. Estamos aqui para lembrar o nosso papel na rede sócio-assistencial, que é o de sair para divulgar a importância de cada pessoa para que cheguemos aos culpados. Quanto mais pessoas estiverem engajadas no enfrentamento a essa situação poderemos ajudar mais as vítimas”, comentou a coordenadora.

A palestrante do evento, Maria Salete Francisco, ressaltou que quanto mais os profissionais estiverem por dentro do assunto, mais fácil será de descobrir a violência. “Todos que tem coragem e o comprometimento de participar desta capacitação estão de parabéns, pois é muito difícil de lidar com esta realidade”, destacou Salete.

Entre os meses de janeiro e fevereiro de 2013 foram registrados 18 novos casos de violência sexual infanto-juvenil em Criciúma. Estatísticas apontam que 68% dos agressores são da própria família, sendo pais, tios, irmãos, primos, avós. Outros 42% são de pessoas conhecidas ou desconhecidas.

Milena dos Santos/Decom Prefeitura de Criciúma