Fotos: Vanessa Lobo
A Catedral São José celebrou na noite deste sábado santo, 26, a missa da Vigília Pascal. A celebração teve início às 20 horas, sob o átrio, com a Celebração da Luz: a bênção do “fogo novo” e o acendimento do Círio Pascal, vela cuja luz e os símbolos representam Cristo Ressuscitado, que vence as trevas da morte e do pecado.
Com as luzes apagadas, os fiéis acolheram a procissão conduzida pelo bispo, Dom Jacinto Inacio Flach, e pelos padres Antônio Júnior, Silvestre Koepp e Joel Sávio, trazendo o Círio, cuja luz foi multiplicada pelas velas trazidas por cada membro da assembleia.
A celebração contou com uma série de leituras bíblicas do Antigo e Novo Testamento, seguindo o rito da Igreja. No momento do Glória, foi proclamada a Ressurreição de Jesus, com cantos e palmas, além da acolhida das velas, dos vasos com girassóis e de uma cruz com tecido branco, representando o Ressuscitado.
Durante a missa, foi celebrada a Liturgia Batismal, com a Bênção da Água e a Renovação das Promessas do Batismo. Centenas de pessoas participaram da celebração. “Esta noite santa é a noite mais santa de todas as noites. Porque a noite nos lembra escuridão, trevas, insegurança. Mas foi justamente na noite da aurora, esta noite, em que veio a luz. Deus continua nos amando com amor eterno e se manifesta nisso tudo de uma maneira tremenda, que nem a lógica humana, nem o conhecimento humano, nada pode compreender estas coisas, a não ser pela fé. Toda a história que nós ouvimos nessas leituras, desde a criação até a ressurreição, é uma história de amor. Deus não se cansa de ir ao encontro do ser humano, Deus não se cansa dos pecadores e espera por eles, para que se arrependam dos pecados e voltem para Ele”, disse o bispo diocesano, em sua homilia.
A fé na feliz ressurreição
Durante a reflexão, Dom Jacinto recordou que, pela água do Batismo, Deus torna todos seus filhos e filhas, se mantém presente na caminhada do ser humano e se torna ainda mais próximo, através dos sacramentos. Afirmou também que a fé na ressurreição é o que de mais precioso existe no coração do cristão. “Vocês vão viver eternamente se ficarem ligados àquilo que é eterno, Jesus Cristo, àquilo que a Igreja vos ensina. As coisas do mundo passam. As coisas de Deus permanecem, porque são eternas. A alma jamais morre, porque ela vem de Deus e quer voltar para Deus. Que frustração terrível será se nós deixarmos nossa alma, que veio de Deus, não voltar para Ele, mas para o inferno. Culpa nossa! Nunca de Deus. Na minha vida de padre e bispo, já vi tantas experiências maravilhosas de pessoas que estavam há muito tempo longe de Deus. Faziam de tudo, como se Deus não existisse, como se Deus não precisasse participar da vida delas. Mas a certa altura, Deus, no seu amor, as trazia de volta, mesmo com sofrimentos e muita dor, porque Deus não se cansa e nem desiste tão fácil de nós!”.
Ao final da celebração, que concluiu o Tríduo Pascal, Dom Jacinto entregou, para cada comunidade da Paróquia São José, um círio pascal, símbolo do Ressuscitado. “Irmãos e irmãs, esta é a nossa grande alegria: nós podemos falar, nós podemos também sentir aquilo que cremos e está conosco agora. Mas isto, na hora da nossa morte, será realidade plena: a presença do Cristo Ressuscitado. Então nós não precisaremos ir ao túmulo buscar o corpo, nós vamos buscar o Vivo, que está dentro de nós através dos sacramentos, através da nossa Igreja. Que o perfume da vida nova possa nascer em nossos corações e que possamos transmiti-la a nossos irmãos e irmãs através de nosso testemunho e nosso exemplo”, exortou.
Colaboração: Bibiana Pignatel