Economia

​Empresas carboníferas esperam decisão da justiça sobre Dissídio Coletivo

Das dez empresas associadas ao Siecesc, seis ainda estão em greve, o que representa aproximadamente 1.900 trabalhadores.

Continua sem decisão final a negociação entre o Sindicato dos Mineiros e seis empresas carboníferas da região. Na tarde desta terça-feira (17), uma audiência foi realizada no Tribunal Regional do Trabalho, em Florianópolis, mas não houve conciliação entre as partes.

“O Siecesc está requerendo nessa ação, além do julgamento do Dissídio Coletivo para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho para o ano de 2015, o julgamento liminar pela declaração da abusividade da greve e o Juiz Hélio Bastida Lopes vai analisar este pedido após o MPT apresentar o seu parecer, ou seja, possivelmente na última semana do mês de março”, explica o advogado do Siecesc, Juliano Nunes.

Concedida essa liminar os trabalhadores terão que retornar ao trabalho imediatamente. Não concedida, continua a greve até o julgamento do Dissídio. Como os trabalhadores estão em greve, os contratos de trabalho estão suspensos, e até que retornem ao trabalho, não terão direito a receber o salário dos dias de paralisação.

Das dez empresas associadas ao Siecesc, seis ainda estão em greve (Metropolitana, Rio Deserto, Catarinense, Gabriela, Minageo e Comin), o que representa aproximadamente 1.900 trabalhadores.

“Cada empresa conhece a sua saúde financeira e o fato de 3 empresas já terem negociado acordo coletivo com os trabalhadores e concedido o percentual de 10% de aumento aos seus colaboradores não reflete a realidade das demais. As empresas paralisadas representam 55% da produção mensal de carvão. Vale lembrar que os ceramistas e os metalúrgicos, que tem a data base junto com os mineiros, já fecharam acordo em percentuais menores, ou seja, 7,5%. No estado de Santa Catarina, das 33 negociações coletivas que possuem data base em 1º de janeiro, 21 já firmaram nova convenção e a média de aumento real concedido foi de 1,41% sobre um INPC de 6,23%, ou seja, 7,64% de aumento”, afirma o advogado.

A decisão das empresas até o presente momento é por aguardar a decisão do Poder Judiciário.​

Colaboração: Imprensa Carvão Mineral