Foto: Mateus Mastella/Clicatribuna
Por volta das 16h dessa quinta-feira ex e atuais funcionários da Carbonífera Criciúma voltaram às ruas para mais uma manifestação. Dezenas de trabalhadores percorreram o trajeto do Sindicato dos Ceramistas, onde realizaram um encontro no início da tarde, até a Praça Nereu Ramos e depois de volta ao ponto inicial. Com gritos de “trabalhadores unidos jamais serão vencidos”, os homens pediam respostas quanto ao pagamento da rescisão de aproximadamente 300 funcionários demitidos e outros 400 que continuam na atividade, mas que há quase dois meses não recebem seus salários. Uma nova assembleia da classe foi agendada para a próxima quarta-feira às 13h30min.
Conforme o presidente do Sindicato dos Mineiros de Criciúma, Fernando Nunes, um novo fato registrado durante a tarde fez com que os trabalhadores ficassem ainda mais preocupados. “Recebemos a informação de que os patrões pediram pra tirar as correias das máquinas debaixo da mina e levassem para a Cooperminas. Esses materiais são algumas das poucas garantias que temos para poder receber algo. Está claro que vão nos deixar na mão. Não podemos deixar a situação assim sem nenhuma solução para nossos companheiros”, afirmou.
O grupo pediu apoio da população para a causa, afirmando que nos próximos dias pode ser, inclusive, iniciada uma campanha em prol das famílias dos trabalhadores. “Nenhuma família resiste a dois meses sem salário, sem dinheiro para pagar as contas e sem respostas. A ajuda dos parentes e dos vizinhos não vai durar pra sempre então precisaremos da solidariedade dos outros para colocar comida nas nossas mesas”, afirmaram à todos por meio de megafones.
Durante a passeata um trabalhador de uma das empresas do Centro da cidade se opôs a manifestação e alguns mineiros expressaram revolta com as declarações feiras. Um início de tumulto foi registrado, mas logo controlado por outros colegas que participavam da manifestação. A Guarda Municipal acompanhou o movimento.
Com informações do Portal Clicatribuna
