Educação

Alunos com necessidades educativas especiais têm professores auxiliares em Laguna

Foto: Divulgação

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Atualmente, já se tornou uma realidade nas redes públicas de ensino de Laguna, alunos com necessidades educativas especiais frequentarem a escola em salas de aula com inclusão. Independentemente do tipo de deficiência, os estudantes recebem atenção especial de professores auxiliares. No sistema municipal de ensino 35 crianças são atendidas. O objetivo é fazer com que os pequenos possam se desenvolver social e intelectualmente na classe regular.

A educadora Aline Assoni Machado é uma das professoras auxiliares. Ela é a responsável em ajudar uma criança com cinco anos, diagnosticada com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. “A professora passa as atividades para toda a classe. Meu trabalho é fazer com que meu pequeno aluno acompanhe e participe”, explica.

Rosana Correa auxilia uma criança autista. Muita paciência e persistência são seus lemas. Além das atividades curriculares, exercícios de coordenação motora auxiliam o desenvolvimento do estudante.

Encontros pedagógicos

O departamento de educação especial da Secretaria de Educação realiza encontros com as professoras auxiliares com intuito de trocar ideias, solicitar sugestões de aprendizado, conhecer melhor os transtornos dos alunos atendidos. Na reunião deste mês de outubro, as educadoras conheceram brinquedos pedagógicos confeccionados com materiais alternativos. Também as formas de ensinar seus estudantes especiais com o material fornecido pelo Governo Municipal. O encontro foi coordenado pelas técnicas do departamento de educação especial da Secretaria Municipal de Educação, Jaqueline de Oliveira e Alexandra Fraga Carneiro.

Segundo elas, na rede pública as professoras auxiliares estão atendendo crianças com autismo, transtorno de deficit de atenção e hiperatividade, paralisia cerebral e com síndrome de Down.

O diagnóstico da criança é realizado por um neurologista, psiquiatra e psicopedagogo.

Apaixonado por astronomia

Quando começou a falar, João*, hoje com seis anos, explicou para a mãe que o sol é uma estrela e não um planeta.

Feliz pela realização do filho, a mãe iniciou uma série de descobertas sobre a personalidade de João.

Comparando o garoto com outras crianças da sua idade, percebeu que algo estava diferente. Depois de idas e vindas aos médicos, o diagnóstico: espectro autista. “Fiquei em choque e foi atrás de informações na internet. Logo em seguida, já iniciei uma série de atividades para estimular o meu filho. Transformei nossa casa num ambiente totalmente pedagógico”, declara.

Hoje a criança é atendida por profissionais, e na rede pública tem um professor auxiliar. “Ele está ótimo. Vem se desenvolvendo muito bem”, conta a mãe.

Uma das suas paixões continua sendo astronomia. Conhece os nomes dos planetas e característica do sistema solar. Quer aprender inglês e viajar muito. Seu passatempo é comparar objetos da casa com seus planetas prediletos. A mesa da cozinha virou Júpiter e a novas descobertas vem por ai.

Lei

A LDB (Lei de Diretrizes e Bases), uma lei criada no ano de 1996, defende uma educação especial inserida no sistema regular de ensino. O artigo 58, dessa mesma, lei cita como o conceito de educação especial: “entende-se por educação especial para os efeitos dessa lei, a modalidade de educação escolar, oferecido preferencialmente na rede regular de ensino para educandos portadores de necessidades especiais”.