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Andar de ônibus, só em último caso

Estatística aponta redução acentuada de passageiros no terminal rodoviário de Orleans

Não é de hoje que o fluxo de veículos em Orleans vem aumentando consideravelmente. Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2012), no município estão registradas 3.006 motocicletas e 7.674 automóveis.

Devido a facilidade na aquisição de um transporte próprio, seja ele de duas ou quatro rodas, o transporte rodoviário coletivo vem sendo esquecido por muitos.

Inaugurado em dezembro de 1990, o Terminal Rodoviário Manoel Bertoncine, de Orleans, continua de portas abertas à população. No entanto, a procura pelo serviço despencou.

A rodoviária municipal conta com os trabalhos das empresas: Reunidas, Catarinense, Pluma, Eucatur, Alvorada, São José, Santo Anjo e Nevatur. Estas agências possibilitam aos passageiros, viagens intermunicipais e até internacionais.

Conforme o administrador do terminal, Vanderlei Honório Volpato, os números na venda de passagens, se comparado aos últimos 10 anos, são alarmantes. Atualmente, por mês são vendidas 1.800 passagens, enquanto em 2003 eram comercializados 4.000 passes no mesmo período. “Por dia as vendas ficam em torno de 70 passagens, e por mês chegam à faixa de 400. Com a queda nas vendas, hoje dois guichês são suficientes para atender os passageiros”, informa Vanderlei.

Entretanto, o responsável menciona que diversos aspectos contribuíram para o enfraquecimento na utilização do transporte coletivo. A diminuição nos horários de circulação e a falta de investimento nos veículos são consequências da redução. “É complicado você pagar para ir a Tubarão ou São Joaquim, por exemplo, sem o mínimo de conforto necessário. Até Lages então, nem se fala! Alguns ônibus estão ultrapassados. Sem água, sem banheiro, sem ar condicionado. Mesmo assim, tínhamos uma diversidade de horários para os viajantes. Para Criciúma saíam em média oito ônibus por dia. Hoje, é só a metade” ressalta Volpato.

Senão bastasse o espaço físico do terminal nunca passou por uma reforma completa. A última revitalização aconteceu em 2011, na gestão do ex-prefeito Jacinto Redivo, com parceria da SDR de Criciúma, no valor aproximado de 33 mil reais. “Precisamos urgente de uma reforma completa. É preciso reparar o piso das plataformas dos veículos, a pintura do ambiente, a iluminação e as infiltrações” pontua o responsável.

O administrador cita que instalou câmeras de vídeo para o monitoramento, com investimentos próprios, dando segurança aos usuários do terminal.
Vanderlei Honório Volpato admite já ter pensado em desistir da função atual.

Colaboração: Ariel Rodrigues/Especial Sul in Foco

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