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Aumenta a procura pelo autoatendimento nos bancos

A greve nacional dos bancários continua sem previsão de negociação e término. Na região não é diferente. Com o início do mês e época de pagamentos, aumenta o número de pessoas que se deslocam aos bancos para receber salários e benefícios.

Para os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a visita aos bancos ocorre sempre nesta época, conforme o piso salarial do segurado.

Para o aposentado João Gonçalves, de 70 anos, a ida aos bancos já faz parte de uma rotina mensal. “Sempre venho à agência nesta época. Estou acostumado a usar os caixas eletrônicos. Ainda há dinheiro. Até quando não sei”, preocupa-se João.

Já a advogada Alvani Ribeiro do Nascimento, 39, a continuidade da greve a impede de realizar toda a transação bancária. “Estou grávida de nove meses, trabalho e sou obrigada a voltar várias vezes ao autoatendimento. Não consigo retirar todo o dinheiro que preciso de uma só vez”, lamenta Alvani.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Laguna, Luiz Francisco Cardoso, informa que a paralisação prossegue sem previsões, mesmo depois de o Banco Regional de Brasília (BRB) apresentar uma proposta de aumento de 7%, índice considerado pela categoria de ser praticamente ao da inflação.

“A direção da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito (Contec) nos informou, na segunda-feira à noite, sobre o valor. A proposta não chegou a ser discutida por estar bem abaixo da reivindicada. Esperamos ainda uma proposta mais justa da Federação Brasileira de Bancos (Fenaban). Enquanto isto não ocorre continuamos em greve”, garante Luiz Francisco.

Segundo Jornal Notisul, entre as reivindicações dos grevistas estão quase 100 cláusulas sociais, trabalhistas e de condições de trabalho.

Os banqueiros oferecem 6,1% de aumento, enquanto a classe busca um aumento real de 11,07%.