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Barra do Camacho ficará sem desassoreamento por mais um tempo

A draga está em manutenção e volta para a lagoa do Camacho apenas se houver assoreamento novamente

Há cerca de 30 dias, a draga utilizada para remover o banco de areia da barra do Camacho, em Jaguaruna, foi retirada do local porque precisava de manutenção. Preocupados com a possibilidade do trabalho ir literalmente por água abaixo, pescadores das colônias da região reuniram-se na manhã de ontem com o secretário de estado da agricultura e da pesca, João Rodrigues. O encontro ocorreu na Cidasc.

O pedido é que outro equipamento seja disponibilizado o mais rápido possível, para dar continuar ao serviço. De acordo com o secretário, a máquina voltará a funcionar em até 45 dias, mas será enviada para outro local.

Para os pescadores, a solução definitiva contra o assoreamento seria colocar mais pedras no molhe que dá sustentação à barra. Seriam necessários aproximadamente mil caminhões. Da ponte até a foz, há pouco mais de 600 metros.

O valor orçado pelos pescadores para dar continuidade é de cerca de R$ 500 mil. O secretário solicitou aos pescadores que façam um projeto para enviar ao governador Raimundo Colombo.

Prioridade de dragagem é no Rio Carniça

Pescadores da comunidade de Campos Verdes, em Laguna, também participaram da reunião com o secretário de estado da agricultura e pesca, João Rodrigues, na Cidasc, ontem. Eles reivindicaram o desassoreamento do Rio Carniça, que circunda a localidade. Conforme o conselheiro da associação Pescadores da Ilha, Jovenil Hoffmann, até pouco tempo atrás era possível navegar com barcos pesqueiros com capacidade para 15 toneladas.

“Hoje não tem mais como. Os barcos ficam atracados no porto de Laguna, porque, se entrarem no rio, encalham”, explicou o conselheiro à reportagem do Jornal Notisul.

O secretário estadual acordou com prefeito de Jaguaruna, Luiz Napoli (PP), que após a conclusão da reforma da draga, feita no pátio da Cidasc em Tubarão, a máquina seguirá para o Rio Carniça. “Assim, dá tempo para os pescadores levantarem detalhes do projeto (para desassorear a barra do Camacho) e marcar audiência com o governador”, avalia João Rodrigues.

Se a barra assorear enquanto a draga estiver em Laguna, a garantia é que o equipamento voltará para o Camacho.