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Casa de Apoio à Pessoa Idosa oportuniza envelhecimento com qualidade de vida em Orleans

Mais de 80 idosos tem suas semanas transformadas com descontração e alegria, por meio da socialização na Casa de Apoio à Pessoa Idosa, em Orleans. Desde que entrou em funcionamento, anexa à Creche Santa Rita de Cássia, a casa disponibiliza diversas atividades todas as tardes e conta com a participação de voluntários, que trocam experiências com cada idoso.

O projeto funciona das 13h às 17h30min. No cronograma de atividades, até a beleza ganha seu espaço. As segundas-feiras é dia de se produzir, aflorar a vaidade e mostrar a beleza na melhor idade. As unhas pintadas, o cabelo bem penteado e até uma maquiagem suave rendem momentos divertidos entre as mulheres. Enquanto isso, o passatempo preferido dos homens são os jogos com cartas e dominó que requerem um alto grau de raciocínio.

Outros jogos e brincadeiras acontecem no decorrer da semana. Para relaxar, os idosos contam com a dança circular. A dança funciona como controladora da parte física, emocional, além da concentração e estímulo da memória. As aulas são realizadas pela focalizadora Simone Schambeck Andrade Milack.

O som da máquina de costura, o detalhe do corte com a tesoura em algumas peças de algodão e o bordado com a linha também são as paixões de algumas mulheres que se reúnem para o artesanato.

“Sem dúvida a casa de apoio tornou-se um refúgio para envelhecer com qualidade de vida. Relatos dos nossos participantes traziam praticamente a mesma realidade, a falta de atividades para socialização, tornando-se ausentes perante a população. Nosso objetivo é proporcionar uma ocupação diária onde todos se sintam felizes”, declara a coordenadora Luizita Bertoncini Feltrin.

Periodicamente, o grupo recebe a visita de acadêmicos do Unibave na área da psicologia. Na última semana, os alunos da 8ª fase, Adriano Telles de Macedo e César Augusto Machado Farias, trouxeram um tema bem interessante aos idosos. Por meio de debate, uma carta lida pelos acadêmicos ganhou repercussão com a participação dos idosos.

A carta contava a história de um grupo de amigos que partiu para uma viagem de final de semana e que tudo havia corrido muito bem. Mas, como tudo na vida, tem o seu fim, a viagem chegara ao final. E que se possível fosse, o grupo gostaria de voltar ao tempo. Diante disso, o acadêmico indagou: “e se vocês pudessem voltar no tempo, fariam tudo igual ou mudariam suas histórias?”, questionou César.

O grupo se divertiu e se emocionou com as experiências vividas por cada um anos atrás. “Eu não mudaria nada em minha vida. Deus esteve sempre ao meu lado, olhando pela minha família. Lutamos muito, vencemos na criação dos filhos e nas conquistas materiais. Hoje, podemos desfrutar um pouco do que batalhamos. Foi um tempo muito bom”, disse dona Cecília Bozelo Debona, 70 anos.

A presidente da Casa de Apoio à Pessoa Idosa ainda se emociona ao falar do projeto, mantido pela Prefeitura. “É um sonho concretizado. O espaço precisou de algumas adequações, como banheiros acessíveis, móveis e outros equipamentos. Quando vemos a alegria nos rostos dos idosos é que percebemos o quanto valeu a pena sonhar com esse lugar”, destaca Zilda da Cruz Debiasi.

Professora aposentada, Marli Schlickmann Alberton, 60 anos, diz que a casa de apoio foi uma ideia genial. “Ser idoso é sair de uma rotina de compromissos para ficar em casa, muitas vezes sem companhia. Tenho filhos já adultos e que saíram de casa. Então, este é um local ideal para nós. Aqui eu converso, me divirto e as horas voam. Agora eu tenho todo o tempo para relaxar e me distrair”, relata Marli.

Colaboração: Ariel Rodrigues / Comunicação Prefeitura de Orleans

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