Esporte

Chapecoense vence, mas Criciúma é quem fica com o troféu de campeão

Foto: Lucas Colombo/Clicatribuna

Foto: Lucas Colombo/Clicatribuna

Foi no sufoco, na raça, na emoção, na garra. O Tigre superou todos os desafios, foi além, não conseguiu jogar bola, mas aguentou até o final, segurou o 1 a 0 e comemorou o título estadual, após oito anos de jejum. A última vez que levantou o caneco foi em 2005 contra o Atlético-IB.

Para a Chapecoense bastou sair do gramado e depois de duas finais ganhando do Tigre, foi a vez deles serem os vice campeões. A festa continuou por muito tempo. Em Criciúma, conforme reportagem do site Clicatribuna, a torcida também comemorou na rua. Hoje a hegemonia é do Criciúma e, até 2014, pelo menos, Santa Catarina vai estar bordada de preto, amarelo e branco.

O jogo

Quem estava na Arena Condá, parecia presenciar estar numa panela de pressão. Das arquibancadas, as palmas, os berros, o incentivo eram um fator primordial para o início feroz da Chapecoense. A torcida da casa fez o Oeste tremer. Desde o primeiro minutos, eles apoiaram a Chape e o Tigre sentiu. Aos 12 minutos, Paulinho Dias cruzou e Rafael Lima mandou para o fundo da rede. A arena veio abaixo e o Tigre parecia tremer, diante do que via.

Ainda com a vantagem de um gol, o Tricolor não lembrava nenhum pouco as suas outras atuações. Aos 16, no bate-rebate, a bola sobrou para Paulinho Dias, que, de fora da área, arriscou e Bruno defendeu.

Com o passar do tempo, a torcida diminuiu o abafa e o jogo se tornava mais equilibrado. Aos 36, uma boa chance do Criciúma. Marcel recebeu e mandou de cabeça para fora. No final do primeiro tempo, o Tricolor teve duas cobranças de escanteios, mas desperdiçou ambas.

Final do primeiro tempo. Ruim porque o Criciúma perdia o jogo por um gol e bom que o técnico Vadão teve 15 minutos para arrumar os erros da equipe. “Não podemos errar tanto. Vamos atacar e tentar marcar”, avisa Marlon.

Segundo Tempo

O intervalo não fez muito efeito para o Criciúma. A equipe continuou nervosa e fazendo a ligação direta, sem passar pelo meio campo. A fragilidade ficou evidente aos oito minutos. Fabinho Gaúcho mandou a bomba e Bruno fez a defesa parcial.

Depois desse lance, as duas equipe não criavam muito e faziam muitas faltas no meio campo. A Chapecoense iria para o abafa e o Tricolor tenta nos contra-ataques. Mesmo assim, os passes errados predominavam. O jogo iria acabando e o time de verde e branco ficava mais ansioso, enquanto o Tricolor jogava na velocidade ou tentava, pelo menos.

Aos 32 minutos, os torcedor do Criciúma gelou. Paulinho Dias levantou a bola. Ninguém afastou e ela estava entrando para o gol, mas Bruno conseguiu dar um tapa, evitando o segundo tento.

Até o final, foi de muito sofrimento. Bruno se tornou o destaque da partida, salvou o Tigre em duas oportunidades. Quando o árbitro Heber Roberto Lopes apitou pela última vez, foi uma onda tricolor. A torcida comemorou bastante, os jogadores também vibraram bastante, pois foi no sufoco, na raça, mas o Tricolor conseguiu o feito: levantar a taça.

Ficha técnica: Chapecoense 1×0 Criciúma

Arbitragem: Heber Roberto Lopes, auxiliado por Nadine Schramm Camara Bastos e Kleber Lucio Gil
Data/Horário: Neste domingo, às 16h
Local: Estádio Arena Condá, em Chapecó (SC).
Cartão amarelo: Fabiano (Chapecoense). Éwerton Pascoa e Suéliton (Criciúma).
Gols: Rafael Lima, aos 12/1T (Chapecoense).

Chapecoense: Nivaldo; Fabiano (Fabiano), André Paulino, Rafael Lima, e Fabinho Gaúcho, Wanderson (Athos), Paulinho Dias e Neném; Bruno Rangel, Rodrigo Gral e Fabinho Alves (Soares).
Técnico: Gilmar Dal Pozzo

Criciúma: Bruno; Suéliton, Matheus Ferraz, Éwerton Pascoa e Marlon; Amaral, Elton e Ivo (João Vitor); Lins (Gilson) , Fabinho (Tartá) e Marcel.
Técnico: Vadão