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Depois de polêmica sobre pagamento, secretário de Infraestrutura em exercício visita obras no Pio Corrêa

Governo do estado afirmou que as obras não pararam, apenas diminuíram o ritmo e agora voltam a acelerar; repasse da terceira parcela para execução da obra deve ser feito até a próxima quarta-feira, 21

Foto: Thais Borges/ TN

O secretário de Estado da Infraestrutura e Mobilidade em exercício, engenheiro Alexandre Martins, esteve reunido com moradores e autoridades no bairro Pio Corrêa, em Criciúma, depois da polêmica que envolveu o pagamento da obra de macrodrenagem do Rio Criciúma, que esta sendo executado no bairro. No encontro, que contou com a presença do  secretário municipal de Infraestrutura, Tita Beloli, a empresa responsável pelas obras garantiu que o ritmo será novamente acelerado. As obras fazem parte do convênio entre o executivo estadual e o municipal no Plano 1000.

De acordo com o Estado, as obras não pararam, apenas diminuíram o ritmo. “Nesse momento, a gente retoma o ritmo que estava antes, que era acelerado. Nós estamos acelerando esse cronograma de execução. A dúvida dos moradores não era nem sobre a macrodrenagem, era sobre a pavimentação, que é de responsabilidade do município”, relatou o secretário em exercício Alexandre Martins.

Questionado sobre a posição do prefeito Clésio Salvaro, que insinuou a possibilidade de que o recurso não foi repassado devido a uma retaliação política e estelionato eleitoral por parte do governo estadual, o secretário afirmou que o problema poderia ser evitado. “Estamos vivendo um momento, período eleitoral. Às vezes o discurso é um pouco mais inflamado e o que a gente precisa é de tranquilidade. Essa posição política não ajuda ninguém dentro de Criciúma. O que a gente precisa terminar é a obra e trazer a qualidade de vida para as pessoas”, explicou.

Foto: Thais Borges/TN

Alexandre Martins ainda pontuou: “Não costumo trabalhar com mobilização política para execução de obra. Estou conversando com a equipe de engenharia da prefeitura, da Casan, da SCGás e é esse pessoal que tem a habilitação para falar sobre a obra. O que garantimos é que o estado dá credibilidade e os repasses serão feitos dentro do cronograma e legislação. Realmente, faltava uma prestação de contas da primeira parcela, porque para receber a terceira parcela, você presta a conta da primeira, já que duas foram repassadas. O município prestou em setembro. Houve alguns ajustes, a fiscal solicitou algumas complementações e como estava nesse vai para lá e vem para cá e as pessoas estavam discutindo quais complementações deveriam ser apresentadas, nós puxamos para Florianópolis a resolução do problema e nós analisamos, verificamos, que é possível sim a prefeitura atender o que está sendo solicitado”, confirmou.

Ainda segundo o secretário, todos os encaminhamentos estavam seguindo o protocolo estipulado. “O estabelecido dentro do cronograma da secretaria com a prefeitura, ambos estavam fazendo o que deveria ser feito. Agora, nós temos órgãos de controle e eles estabelecem regras. Não há terceira parcela enquanto a prestação de contas da primeira não for aprovada. A prefeitura assumiu o compromisso de entregar o mais rápido possível aquilo que falta”, destacou. O objetivo é que o recurso seja entregue ainda neste mês de setembro. “Até, no máximo, a quarta-feira da semana que vem (21 de setembro), essa análise tem que ser concluída”, afirmou.

Segundo o secretário de obras de Criciúma, Tita Beloli, a expectativa é que na próxima semana já comecem os trabalhos de pavimentação em torno do Marista. “Só estamos esperando a Casan finalizar aqui na Humberto de Campos, perto do Maristinha, até a Guerra Junqueira. A pavimentação é com a prefeitura. Não está no contrato. Base e sub-base é com a empresa Confer. Estamos conversando com a empresa. Eles vão colocar a base e sub-base. Vão começar hoje na Mário da Cunha Carneiro até a Guerra Junqueira para liberar todo o entorno do Marista. Dependendo da Confer resolver esse problema, eu já entro com as máquinas na semana que vem para fazer a pavimentação”.

Posição do prefeito Clésio Salvaro

Sobre o assunto, o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, afirmou na manhã dessa quarta-feira, 14, que as obras estavam totalmente paradas. Ele também alegou que as contas foram prestadas dentro do período estipulado.

O prefeito também alegou que o caso poderia ser uma retaliação política por não apoiar o atual governador, Carlos Moisés, que disputa a reeleição.

Com informações TNSul

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