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Detran-SC passa a exigir exame toxicológico para habilitação C, D, E

Valor do exame pode chegar a R$ 400, de acordo com o laboratório.

Imagem: Clauzir Silva / RBS TV

Imagem: Clauzir Silva / RBS TV

O Departamento Estadual de Trânsito (Detran) de Santa Catarina passou a cumprir nesta semana uma determinação nacional do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) que obriga a realização de exame toxicológico para caminhoneiros e motoristas de ônibus na renovação e retirada de carteiras de habilitação C, D e E.

O diretor-geral do Detran de Santa Catarina, Vanderlei Rosso, disse na última quarta-feira (2), quando a medida passou a valer em todo o território nacional, que o Detran não tinha previsão de quando começaria a exigir o exame.  Nesta terça (8), Rosso informou que o sistema já foi adaptado.

“Não havia nada no site do Denatran a respeito, não tínhamos nenhum laboratório em Santa Catarina autorizado para fazer a coleta do material e para fazer o exame, por isso essa decisão. Agora vamos cumprir a lei”, afirmou Vanderlei Rosso.

Apenas seis laboratórios no Brasil

O Denatran credenciou no país seis laboratórios que ficam em São Paulo e no Rio de Janeiro para a realização do exame toxicológico, mas a coleta do material pode ser feita em qualquer cidade, com a chamada rede coletora.

Entretanto, o laboratório deve estar habilitado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e ficará sob a responsabilidade dos credenciados pelo Denatran.

Os exames variam de preço de um laboratório para outro e podem chegar a até R$ 400. Como a amostra é enviada para fora do estado para análise, o resultado pode demorar até 15 dias.

“O motorista terá que pagar, não para o estado, mas para os laboratórios credenciados pelo Denatran. É uma lei e precisamos cumpri-la”, afirmou Rosso.

Resultado vai para carteira

O motorista Adernizo de Agapito também acha o exame muito caro, fora as taxas que precisam ser pagas para a renovação do documento, mas ele não tem escolha. “Não posso rebaixar a carteira, dependo dela para trabalhar. A fiscalização é tão incorreta que eu acho que esse exame toxicológico não vai resolver nada”, afirmou.

Depois de pronto o exame, o laboratório credenciado deverá inserir a informação contendo o resultado, se positivo ou negativo, no prontuário do condutor, por meio do sistema de registro nacional de condutores habilitados. O exame identifica o uso de substância ingerida até 90 dias antes.

Com informações do G1 SC