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Dieta, cirurgia e muita determinação

Há cerca de seis meses, a jovem lagunense Camile Matos Palma pesava 129 quilos. Com o auxílio de intervenção cirúrgica e uma dieta rígida, a técnica em enfermagem emagreceu 43 quilos e hoje pesa 86. Além de estar mais magra, Camile conta que houve uma melhora da autoestima e até uma mudança de pensamento.

“Minha vida mudou radicalmente depois da gastroplastia. Mudou a alimentação, o guarda-roupas, a maneira de pensar e até os hábitos. Hoje, sinto-me muito feliz e realizada, mas ainda pretendo chegar aos 68 quilos”, conta a jovem.

Antes de fazer a cirurgia, a alimentação de Camile era formada por tudo o que não era saudável, como frituras, doces e lanches. “Eu não comia nada de verduras, legumes e frutas. Só gostava de pizza, lanche e ainda comia nos horários errados. Antes e depois da cirurgia de redução de estômago, tive que fazer uma dieta radical. Nos três dias que antecederam, não pude comer nada. Depois, foram 15 dias apenas na dieta líquida e mais 15 na dieta pastosa”, explica.

Entretanto, para continuar emagrecendo (o que ainda irá ocorrer durante dois anos), Camile precisa de determinação e levar a sério a dieta. “Continuo na dieta, mas preciso tomar vitaminas diariamente e tenho toda uma rotina de exames e consultas médicas a cada três meses. Preciso também respeitar os intervalos de três horas para cada refeição”, relata.

A decisão de fazer a cirurgia demorou para ser tomada, ressalta Camile, mas alguns amigos a incentivaram. “Uma amiga havia feito e foi me incentivando. Fui atrás de outras histórias, depoimentos e marquei a primeira consulta. Não foi uma decisão fácil, mas minha vontade de mudança foi bem maior. Tive todo o apoio da família e amigos e a ajuda da equipe da cirurgia digestiva de Tubarão, o que foi fundamental na parte pré-operatória”, diz a jovem.

Obesidade estava em grau 3

Conforme o Diário do Sul, Camile conta ainda que, em abril, já estava com obesidade grau 3. “Sempre fui gordinha, mas com o tempo foi piorando. Tinha tendência à hipertensão e diabetes, sabia que algo precisava mudar e rápido. Já havia tentado várias dietas, porém, sem resultado satisfatório”, relata. Ao contrário do que as pessoas pensam, diz Camile, a cirurgia foi o caminho mais difícil para ela. “Tive que passar por uma equipe de médicos, fisioterapeuta, nutricionista e psicóloga antes da cirurgia e me submeti aos riscos que toda cirurgia apresenta”, afirma. A jovem ainda acrescenta: “Se tem algo que não o agrada e tem a opção de mudar, então mude. Nunca é tarde para ir atrás do sonho. Fui atrás do meu, ainda estou no caminho, mas já me sinto realizada com a minha vida nova. Valeu a pena! Agradeço à minha família por todo apoio, à equipe maravilhosa do dr. Ricardo Reis, aos funcionários do Socimed, que cuidaram de mim, e aos meus amigos que me incentivaram, Cristini e Lenine”.