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Diretores da Cooperagroserra afirmam que cooperativa não tem nada a ver com o projeto de construção da indústria de laticínios

O presidente da Cooperagroserra, Rogério Citadin Fontanella, junto com alguns diretores da cooperativa, se reuniu na tarde desta segunda-feira, dia 24, com os vereadores de Lauro Müller para esclarecer sobre as atividades da entidade, bem como sobre o projeto de construção da indústria de laticínios no município. O encontro, proposto pelo vereador José Cambruzzi, ocorreu às 17h, no plenário da Câmara.

Segundo Fontanella, após a posse da nova diretoria, ocorreu uma reunião com o prefeito Fabrício Kusmin Alves onde foi solicitado à ele um estudo de viabilidade econômica da indústria de laticínios, porém até hoje esse estudo não foi feito. Disse ainda, que em reunião, os associados da cooperativa decidiram que sem o estudo não iriam se responsabilizar pelo projeto da indústria de laticínios.

Fizeram questão de deixar claro que a cooperativa é uma instituição e a indústria de laticínios é um projeto de industrialização do leite. “São duas coisas distintas. Quando a atual diretoria assumiu, ela assumiu o comando da Cooperagroserra e não do laticínio”, explicaram os diretores alertando que sobre este projeto do laticínio não existe nada em nome da cooperativa, nem mesmo a área de terras onde se pretende instalar a indústria.

Ainda segundo a diretoria da cooperativa o ex-presidente não partilhava as informações sobre esse projeto com os associados. “As reuniões se davam entre o Executivo e a pessoa física do ex-presidente”, afirmaram, acrescente que assim que assumiram o comando procuraram o Executivo para se inteirar do projeto e foram rechaçados pelo prefeito. Que até hoje, não sabem se existe ou não algum contrato assinado entre a cooperativa e o Executivo.

Também disseram que os equipamentos adquiridos – uma embaladeira de leite de saquinhos, uma desnatadeira e uma caldeira, não estão no nome da cooperativa e sim da Prefeitura Municipal de Lauro Müller.

Para os produtores o que é mais importante no momento e que iria ajudar na economia e até lucratividade, é a compra de um caminhão com tanque para fazer o transporte do leite até as indústrias da região. “Isso evitaria os atravessadores e certamente diminuiria os custos pra nós”, comentaram.

Superfaturamento de produtos da Conab

De acordo com os diretores da Cooperagroserra o ex-presidente também deixou como herança para a atual diretoria um processo judicial no qual a cooperativa é ré. “Se condenada, a cooperativa terá que devolver para Companhia Nacional de Abastecimento – Conab, mais de R$ 80 mil, devido ao superfaturamento de produtos da agricultura familiar e o uso indevido da Declaração de Aptidão ao Pronaf – DAP”, disseram.

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