Política

“É dever de cada cidadão de Lauro Müller se engajar pelo Ecomuseu”, defende ex-prefeito Fabrício

O Ecomuseu Serra do Rio do Rastro foi criado na gestão do ex-prefeito de Lauro Müller, Fabrício Kusmin Alves, que explicou as razões pelas quais esta decisão foi tomada em 2013.

Em 2016, o então prefeito de Lauro Müller, Fabrício Kusmin Alves, em 2016, em reunião junto a lideranças de Orleans, Grão-Pará, Bom Jardim da Serra e Urubici – Foto: Arquivo / Sul in Foco

Visando esclarecer as discussões em torno do Parque Nacional de São Joaquim, do Ecomuseu Serra do Rio do Rastro, de Lauro Müller, e dos demais municípios da região, o Portal Sul in Foco elaborou uma série de reportagens com o intuito de informar para os moradores de Lauro Müller e cidades vizinhas sobre as consequências disso em suas vidas.

O ex-prefeito de Lauro Müller, Fabrício Kusmin Alves, é uma das autoridades que atuam na defesa do Ecomuseu Serra do Rio do Rastro, que teve parte do território sobreposta pelo Parque Nacional de São Joaquim, após a sanção de uma lei que foi aprovada de forma inconstitucional. O Ecomuseu foi criado através da Lei nº 1.759/2013, na gestão de Fabrício, que ressalta a necessidade de os moradores locais abraçarem a causa.

“O Ecomuseu é muito importante para o futuro da cidade e será tão decisivo a ponto de, ao longo dos tempos, ser mais importante que qualquer coisa que Lauro Müller possa a ter. É o poder que o Município tem em cima daqueles 6 mil hectares. Por ser o futuro da cidade em termos de turismo, é o dever de cada cidadão de Lauro Müller se engajar pelo Ecomuseu, para que ele permaneça como foi criado”, declarou.

Entenda o caso

Quando o Parque Nacional de São Joaquim foi criado, em 1961, o território de Lauro Müller não pertencia a ele. Isso ocorreu apenas com a sanção da Lei Federal 13.273/2016, que alterou os limites do PNSJ e foi aprovada sem seguir os trâmites necessários, tal como realizar consulta pública, fornecendo informações adequadas e claras para população afetada e para as outras partes interessadas.

Por conta disso, atualmente tramita no Senado Federal o Projeto de Lei nº 208/2018, que visa corrigir este erro do passado e alterar o nome para “Parque Nacional da Serra Catarinense”. A luta das autoridades locais hoje é para que este projeto seja aprovado no Senado e o Projeto de Lei nº 10.082/2018 seja aprovado na Câmara Federal.

Por que o Ecomuseu foi criado?

Segundo Fabrício, a decisão de criar o Ecomuseu se deu porque, enquanto Poder Público, é importante que o Município de Lauro Müller possa tomar decisões que impactam diretamente na cidade. “A decisão sobre o uso da imagem da Serra do Rio do Rastro pertence ao Ecomuseu. Então, seja no mirante ou quando se trata de outras questões relacionadas à estrada, que é considerada a mais espetacular do mundo, é necessária a autorização do Ecomuseu. Dessa forma, Lauro Müller tem a possibilidade de decidir o que é bom para a cidade”, esclareceu.

“Criamos o Ecomuseu porque vimos esta vasta área de natureza exuberante sem que houvesse um benefício turístico, sem que houvesse uma organização, como o acesso às trilhas ou uma estrutura de hospedagem adequada. Tudo isso, é claro, preservando o meio ambiente. A segunda razão pela qual criamos o Ecomuseu foi para que o poder de decisão ficasse em Lauro Müller. A decisão fora da cidade, em nível estadual ou federal, acaba limitando e se tornando burocrática”, acrescentou.

Meio ambiente é preservado

Pessoas que se manifestam favoráveis ao Parque Nacional em território lauromüllense utilizam o argumento da conservação do meio ambiente. Entretanto, isso também será mantido através do Ecomuseu, tendo em vista que a valorização e a preservação do patrimônio ambiental, cultural e suas diversas manifestações é um dos quatro objetivos do Ecomuseu Serra do Rio do Rastro.

“No que diz respeito à questão ambiental, não tivemos nenhuma invasão, nenhuma árvore cortada. Ali é uma área preservada. É Lauro Müller cuidando do que é seu. O Parque Nacional tem uma área vasta para cuidar. Por qual motivo quer interferir em uma área que já está protegida e preservada? Então isso mostra que, ao criarmos o Ecomuseu, realmente tomamos a atitude na hora certa. Hoje estamos amparados por uma Lei Federal forte. Então agora a gente busca tirar essa sobreposição do Parque Nacional dentro do território do Ecomuseu”, ressaltou.

Ecomuseu é de interesse regional

A Serra do Rio do Rastro é um dos principais cartões-postais de Santa Catarina e também do Brasil como um todo, contribuindo diretamente para a economia local à medida em que atrai turistas que se hospedam e consomem em Lauro Müller e cidades vizinhas.

“Como a Serra do Rio do Rastro é uma atração regional, quanto mais o turismo for desenvolvido, melhor para todas as cidades. Então o Ecomuseu é bom para Orleans, Treviso e demais cidades. Se tiver alguma decisão a ser tomada e que vá beneficiar a região como um todo devido ao turismo, que seja entre os gestores daqui, sem necessidade de solicitar a Brasília”, defendeu Fabrício.

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