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Em meio à crise e dívidas de R$ 2 bilhões, 42 lojas da Starbucks são fechadas no Brasil

SouthRock, operadora da Starbucks no país, pediu recuperação judicial na semana passada. Pedido não afeta as lojas do Subway, que também fazem parte da empresa

Foto: Reprodução Redes Sociais

Das 187 lojas da Starbucks no Brasil, 42 foram fechadas após a crise na SouthRock Capital, operadora da marca. Os dados estão no mapa atualizado das lojas, disponível no site da empresa.

O grupo, que além da Starbucks ainda gerencia marcas como Subway e Eatly, já havia solicitado recuperação judicial. Como resultado do pedido, a SouthRock pode perder a licença para operar a marca no Brasil.

A Starbucks Coffee Internacional Inc. anunciou no dia 13 de outubro a rescisão do contrato de licenciamento com a SouthRock devido à falta de pagamento de royalties. No entanto, o grupo afirma que continua operando a marca no Brasil.

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“A SouthRock continua operando a marca Starbucks no Brasil e está comprometida em continuar trabalhando em estreita colaboração com seus parceiros comerciais para desenvolver as marcas de seu portfólio no Brasil. Ajustes sobre licenças fazem parte do processo de Recuperação Judicial e são realizados diretamente com esses parceiros”, esclareceu a empresa em comunicado enviado à imprensa.

Dívidas da operadora da Starbucks chegam a quase R$ 2 bilhões

Conforme o comunicado oficial da marca, após a pandemia de covid-19, somados os problemas de inflação “com permanência de taxas de juros elevadas”, os desafios afetaram as operações no Brasil. As dívidas giram em torno de R$ 1,8 bilhão.

No pedido enviado à Justiça de São Paulo, a operadora ainda destaca que os ajustes incluem a revisão do número de lojas operantes, do calendário de aberturas, de alinhamentos com fornecedores e stakeholders, bem como de sua força de trabalho.

Fundada por Ken Pope, a empresa focada em operações foodservice iniciou as atividades em 2017, por meio da Brazil Airport Restaurants, operadora multimarcas de alimentos e bebidas nos aeroportos. Desde 2018, a empresa controla a marca Starbucks no país.

A solicitação jurídica inclui a suspensão de retenção de recebíveis em todas as empresas controladas: Starbucks, Eataly, Subway, TGI Fridays, Brazil Airport Restaurantes, Brazil Highway Restaurantes e Vai Pay Soluções em Pagamento.

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Apesar de o grupo SouthRock Capital não reconhecer a notificação da marca global e alegar rompimentos repentinos na comunicação entre as partes, a empresa pede que o uso da marca seja mantido durante stay period correspondente à recuperação judicial.

O processo não cita o Subway. A SouthRock diz que a marca não faz parte do pedido de recuperação judicial “por uma decisão de negócios, tomada em conjunto com os parceiros comerciais”.

Com informações ND+