Segurança

Escola de menina morta pela mãe em Timbó comunicou Conselho Tutelar sobre faltas, diz Estado

Segundo Polícia Civil, mãe proibiu Luna, de 11 anos, de ir à escola porque menina teria arrumado um namorado.

Divulgação

A escola onde estudava Nathielli Bonett Gonçalves, menina morta pela mãe a socos e chutes em Timbó, no Vale do Itajaí, havia comunicado o Conselho Tutelar do município sobre as faltas da estudante. A informação foi divulgada em nota pela Secretaria de Estado da Saúde (SED) nesta terça-feira (19).

De acordo com o texto, o órgão foi comunicado no dia 5 de abril, por meio de ferramenta do Programa de Combate à Evasão Escolar (Apoia). O delegado André Beckman Pereira, que está à frente da investigação, informou que a menina e a irmã dela, de 6 anos, não compareceram às aulas durante todo o mês de abril.

“O procedimento seguiu os critérios do Programa de Combate à Evasão Escolar (APOIA), desenvolvido em parceria com o Ministério Público de Santa Catarina, em que a escola deve comunicar o Conselho Tutelar após ausência do aluno em cinco dias consecutivos ou sete dias alternados”, destaca a nota do Estado.

O Conselho Tutelar de Timbó foi procurado, mas não houve retorno.

Segundo a Polícia Civil, a família teria proibido a menina e a irmã mais nova de irem à instituição de ensino porque Luna teria arrumado um namorado lá.

“Ela teria descoberto a situação [do namorado] e pretendia mudar as crianças de escola”, afirmou André Beckman. Segundo o delegado, a família chegou a pedir os documentos para fazer a transferência.

A polícia aguarda o resultado de laudos da perícia para ter mais informações para a investigação. A polícia quer descobrir se houve violação sexual da vítima e quem teria cometido e se a menina já havia sido agredida antes. A polícia também espera pelo exame do local do crime. Conforme o atestado de óbito, a criança sofreu politraumatismo.

Sobre o caso

A morte da vítima foi constatada na madrugada de quinta-feira (14), mas a polícia informou que a menina começou a apanhar um dia antes. No depoimento, a mulher também disse que deu banho e colocou a criança para dormir após agredi-la. A mulher está presa.

“Ela não mostrou nenhum tipo de emoção, apenas ficou olhando para baixo e falando baixo. O padrasto até se emocionou. Ele me contou que foi ameaçado”, comentou o delegado.

A mulher estava em um relacionamento com o professor de jiu-jitsu há cerca de um ano. Ela morava com ele e os três filhos de companheiros anteriores em uma casa no bairro Imigrantes, que pertence ao suspeito. Luna era a mais velha e tinha uma irmã de seis anos e outro de nove meses.

Conforme depoimento à polícia, ao descobrir supostamente que a mais velha tinha um namorado e mantinha relações sexuais ele, a mãe teve um ataque de raiva e espancou Luna a socos e chutes.

“Ela contou que foi prostituta e não queria que as filhas seguissem pelo mesmo caminho. Por isso não aceitava que ela tivesse esse tipo de relações”, detalha o delegado.

Com informações do G1 SC

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