Moradores do interior dos municípios afetados pela falta de chuva não encontram água nem para beber
Muitas famílias das áreas rurais que não têm água encanada e dependem de poços artesianos vivem momentos difíceis. Em Criciúma, 70 famílias sofrem com a falta de chuva. De acordo com a coordenadora da Defesa Civil, Ângela Melo, a situação é crítica.
“A água que restou no poço é barrenta, como se fosse lodo”, explica Ângela. Em Criciúma, quatro bairros estão sendo mais afetados pela estiagem, são eles: Quarta Linha, São Domingos, Mina do Toco e São Defende.
A Defesa Civil está levando água para as famílias há aproximadamente um mês. Nesta semana a Casan também entrou na ação, fornecendo caminhões pipas que auxiliam os trabalhos. A água levada é colocada nas caixas d’’águas ou nos reservatórios das famílias.
Três municípios prestes a decretar situação de emergência
O primeiro semestre de 2012 está sendo marcado pela estiagem. Três municípios da Região Carbonífera, Criciúma, Forquilhinha e Içara, já decretaram situação de emergência pela falta de chuva. Segundo o coordenador regional da Defesa Civil, Rosinei da Silveira, mais três municípios estão prestes a decretar.
“Esta semana Urussanga, Cocal do Sul e Siderópolis estão analisando suas situações para decidir se vão ou não decretar estado de emergência”, revela o coordenador.
A falta de água também esta afetando famílias rurais de municípios vizinhos. Segundo Rosinei, alguns moradores estão saindo do campo e indo morar na casa de parentes. “Uma família da Sanga do Café, interior de Forquilhinha, comunidade próxima a Meleiro, deixou sua casa por causa da estiagem”, relata.
Em Maracajá, comunidades do interior também estão recebendo água por caminhão pipa contratado pela prefeitura do município.
A situação se complica com o passar dos dias, se não chover a tendência é que a condição piore. “A situação está feia, eu visitei algumas localidades do interior e vi a água completamente marrom até com ferrugem”, detalha.
Rosinei ainda reforça o não desperdício da água. “É importante que a população pare de lavar calçadas, casas, carros, enfim utilizar água com consciência”, conclui.
Portal Satc – Douglas Saviato